Depois de havermos
perdido a oportunidade, através do Ministro
Mandetta e sua estranha exoneração
por Jair Bolsonaro, de exercer algum
controle social efetivo sobre o avanço da mortandade no Brasil em termos da
praga da covid-19, as mortes pelo coronavirus não cessam de aumentar, até
que vejamos consolidar-se a triste e mesmo vergonhosa liderança em número
diário de óbitos pela pandemia no mundo, superando até mesmo a Superpotência por dois dias seguidos; Brasil,
mil e trinta e nove mortes na jornada de 26 de maio!
Não é que o nosso país tem
evidenciado não poucas falhas que levam a ulteriores óbitos cotidianos, que
deveriam merecer um pouco mais de empenho suasório e psicológico das chamadas
autoridades políticas, cujo papel até o presente, quando não baixa à demagogia
como no caso desse medíocre prefeito
Crivella (que chega a apelar para um dúbio e perigoso proselitismo
religioso), sóe pairar nos páramos de uma triste ineficácia quanto ao poder da liderança
em favorecer a vida.
O futuro será, estou certo, juiz
severo quanto ao papel do Presidente
Bolsonaro na involução brasileira dessa grande tragédia humana que é a
dessa peste moderna. Da gripezinha
dos albores, da demissão inacreditável de ministro capaz e empenhado, até o
quadro tenebroso do presente, com a tardia e polêmica chamada dos militares
para batalha à qual eles não estão preparados, por mais bem intencionados que
estejam, o Brasil ameaça tornar-se uma
espécie de anti-campeão da vida no
planeta! E aí irrompem, com cáustica frieza, os números cotidianos desta derrota, malgrado todo o denodo da
educação e consciência cívica que, nela e apesar de tudo, se encontram empenhadas !
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário