Diante
do crescimento exponencial da pandemia no Brasil - que tudo leva a crer seja
decorrência do abandono pelo governo Bolsonaro de uma orientação firme quanto à
manutenção do isolamento social - que era praticada pela gestão Mandetta no Ministério
da Saúde, exonerado sabe-se lá porquê
daquela Secretaria de Estado - a gestão Teich
veio a afrouxar as determinações quanto à
imposição do isolamento social como forma única de combate à Covid - 19.
Por outro lado, o presidente da Argentina, Alberto
Fernández, declarou ter alertado os líderes de países vizinhos - Piñera,
do Chile e Lacalle Pou, do Uruguai - quanto ao fato que a pandemia no Brasil, por
estar fora de controle, constitui um risco para toda a região.
Em
suas declarações, disse Fernández: "Eu não entendo como (o Brasil) age com tanta
irresponsabilidade". "O Brasil faz fronteira com toda a
América do Sul, menos Chile e Equador.
Na Argentina entram muitos caminhões brasileiros, que vêm de São Paulo,
que é o lugar mais infectado (sic) do
Brasil." E no dia trinta de março,
Fernández já havia criticado a
estratégia de Bolsonaro em relação ao coronavirus
: "Lamento muito que não se entenda a dimensão do problema", disse o presidente argentino,
ao ser questionado sobre o esforço do
governo brasileiro para retomar a atividade econômica. "Temo que, com esta lógica, o Brasil entre
no mesmo espiral de contágios em que entraram
Espanha, Itália e EUA, que declararam a quarentena quando já era
tarde."
Diante desta situação, tanto o Uruguai quanto o Paraguai, através de
seus presidentes - Lacalle Pou e Mario Abdo Benítez -
adotaram medidas para reforçar os
controles sanitários na fronteira com o Brasil. Como assinala o Estado de S. Paulo, na sua edição
hodierna, "procurado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, não respondeu aos pedidos de
entrevista feitos" pelo jornal em
tela.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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