No
governo Bolsonaro, por conta das estripulias do Chefe, avulta agora o número de ministros saídos das
fileiras verde-oliva. Eles estão ali,
coesos como sempre, para em negociando cargos executivos com o notório Centrão, em verdade se empenham com castrense dedicação na
tentativa de buscar evitar, a todo preço, a abertura de um processo de impeachment contra o seu Comandante (e
presidente) Jair Bolsonaro.
Quem
participa - e dirige - as conversas, segundo informa o Estadão, é o ministro Walter
Braga Netto, general da reserva (no governo Bolsonaro fatos estranhos ocorrem - temos um militar a se
ocupar da Casa Civil, coisa que não
ocorrera sequer sob o ditador-presidente Emilio Garrastazu Médici...)
Tais conversas com o Centrão são, ao que parece, da alçada de Braga Netto. Em governos passados,
tal papel coube a políticos como Geddel Vieira Lima, Antonio Palocci e até José
Dirceu.
O
Centrão - esse bloco que rescende de
implicações e estórias para muitos pouco-edificantes - conta atualmente entre
os seus dedicados participantes
parlamen-tares de Progressistas, Republicanos, PL , PSD, Solidariedade, PTB e DEM (este último,
de resto, o partido do atual presidente da Câmara).
Embora entre os militares exista desconforto com a
participação direta de generais na articulação política, para tanto
funciona o argumento de que eles seguem a disciplina das Forças Armadas e
cumprem ordens do Comandante - no caso Bolsonaro.
A turma do Centrão, por sua vez, afirma que as negociações são diretas e chama de "lenda" o estigma de que os militares não tenham experiência política.
( Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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