sexta-feira, 8 de maio de 2020

Teich exonera treze


                                            

       O ministro da Saúde, Nelson Teich, exonerou treze servidores de sua Pasta a sete de maio corrente.  As trocas já estavam previstas desde a saída de Luiz Henrique Mandetta (DEM), do cargo de ministro, em 16 de abril, sendo que algumas das mudanças foram realizadas a pedido dos servidores.
         A nova gestão tem loteado cargos estratégicos com militares e, dentro  da linha do Palácio do Planalto de angariar apoio no Congresso, também abre espaço a partidos do Centrão, como PL e PP.
          Assinale-se que as ditas "mudanças" esvaziam áreas estratégicas, como as secretarias de Atenção Primária à Saúde (SAPS) e de Vigilância em Saúde (SVS). O general Eduardo Pazuello foi nomeado secretário executivo, "número 2" do ministério , e indicou mais de uma dezena de militares ao órgão, que estão sendo nomeados aos poucos. Uma das principais mudanças previstas é a nomeação do coronel Alexandre Martinelli Cerqueira na diretoria de logística (DLOG), área responsável para compras do ministério.

              Para gestores do SUS ouvidos pelo Estadão,Teich parece perdido, sem dar diretriz  sobre o que pretende fazer no ministério, sendo "tutelado" pelo Planalto e pela ala militar do governo. O ministro nega a tutela. Em reunião na Câmara dos Deputados, ontem sete de maio, ele afirmou que é "o líder" do ministério.

                Teich declarou  igualmente que os militares deixarão cargos estratégicos do órgão após o "tempo de guerra" de enfrentamento à covid-19.  "Essas pessoas não são definitivas. Conforme a situação voltar ao normal, essas pessoas vão voltar a seus lugares e pessoas não-militares vão ser colocadas", disse o ministro. "Esse momento é de guerra."

( Fonte: O Estado de S. Paulo )  

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