O ministro da Saúde, Nelson Teich, exonerou treze servidores
de sua Pasta a sete de maio corrente. As
trocas já estavam previstas desde a saída de Luiz Henrique Mandetta (DEM), do
cargo de ministro, em 16 de abril, sendo que algumas das mudanças foram realizadas
a pedido dos servidores.
A nova gestão tem loteado cargos
estratégicos com militares e, dentro da
linha do Palácio do Planalto de angariar apoio no Congresso, também abre espaço
a partidos do Centrão, como PL e PP.
Assinale-se que as ditas
"mudanças" esvaziam áreas estratégicas, como as secretarias de
Atenção Primária à Saúde (SAPS) e de Vigilância em Saúde (SVS). O general
Eduardo Pazuello foi nomeado secretário executivo, "número 2" do
ministério , e indicou mais de uma dezena de militares ao órgão, que estão
sendo nomeados aos poucos. Uma das principais mudanças previstas é a nomeação
do coronel Alexandre Martinelli Cerqueira na diretoria de logística (DLOG),
área responsável para compras do ministério.
Para gestores do SUS ouvidos pelo Estadão,Teich parece perdido, sem dar diretriz
sobre o que pretende fazer no ministério, sendo "tutelado"
pelo Planalto e pela ala militar do governo. O ministro nega a tutela. Em
reunião na Câmara dos Deputados, ontem sete de maio, ele afirmou que é "o
líder" do ministério.
Teich declarou igualmente que os militares deixarão cargos
estratégicos do órgão após o "tempo de guerra" de enfrentamento à covid-19. "Essas pessoas não são definitivas.
Conforme a situação voltar ao normal, essas pessoas vão voltar a seus lugares e
pessoas não-militares vão ser colocadas", disse o ministro. "Esse
momento é de guerra."
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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