Os atos estouvados do
atual Presidente Jair Bolsonaro podem constituir motivação abundante para colunistas
e jornalistas, mas não tendem a transmitir imagens que possam ser definidas
como adequadas para a alta hierarquia do posto.
Assim, atravessar a Praça dos Três Poderes
a pé, com empresários e ministros, para supostamente pressionar o Supremo
Tribunal Federal em sentido antagônico ao que defendem tanto o ex e o atual
ministro da Saúde, constitui atitude que mais do que surpreenda, leve à
perplexidade, como a reação do presidente Toffoli fez sentir de certo modo. De forma incrível, o presidente do
Executivo agiu como se fora ele também
presidente do Judiciário. Adentrou com os passos ligeiros de quem se crê senhor
da Casa, comportando-se como se fora senhor do Judiciário, tratando o atônito
presidente Dias Toffoli como se estivesse diante de autoridade menor.
Na
verdade, como diz a Cantanhêde, ele nem sequer virou o rosto para ouvi-lo.Entrou na casa alheia,
assumiu supostamente o comando e ainda demonstrou desconforto com o anfitrião...
Mas como diz o poeta nordestino: para
quê? para nada...
(
Fonte: Estado de S. Paulo, coluna de Eliane Cantanhêde ).
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