sexta-feira, 8 de maio de 2020

AGU pede para enviar só parte do vídeo


                            
      A Advocacia Geral da União enviou novo pedido de reconsideração ao Ministro Celso de Mello, decano do STF, solicitando  restrição no envio à Corte da gravação da reunião ministerial, de 22 de abril p.p.
       A reunião em tela foi citada pelo ex-ministro Sérgio Moro como a ocasião em que o presidente Bolsonaro teria pressionado o ex-juiz a trocar o comando da Polícia Federal.
         No pedido em tela, a AGU roga que o Decano  limite o envio  a "apenas e tão somente elementos que sejam  objeto do presente inquérito" ou seja, as conversas entre Moro e o presidente sobre o comando da P.F. A ordem de Celso cobra o envio da íntegra da reunião, sem edições ou alterações.
            Bolsonaro chegou a prometer que divulgaria o vídeo  para mostrar como ele trata os ministros, mas depois recuou alegando que recebeu o conselho para "não criar turbulência". O governo afirmou que a reunião tratou de "assuntos potencialmente sensíveis  e reservados de Estado", e por conseguinte, pediu reconsideração do decano do Supremo.
            Sem embargo, a defesa de Moro rebateu o pedido de reconsideração da AGU. Em petição enviada a Celso de Mello, o advogado Rodrigo Sánchez Rios, diz que "eventuais colocações constrangedoras" de Bolsonaro "não são motivos aptos a impedir o atendimento de determinação judicial", pois não se trata de "segredos de Estado". "Destacar trechos que são ou não importantes para a investigação é tarefa que não pode ficar a cargo exclusivo do investigado", asseverou a defesa do ex-Ministro Moro.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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