quinta-feira, 4 de abril de 2019

Venezuela: o que fará tio Sam ?


                 
         Diante da instabilidade provocada pela situação na Venezuela, a Administração Trump estaria organizando um plano de recuperação econômica para  a Venezuela. Tal projeto incluiria apoio financeiro e alimentar, além até mesmo de dinheiro em espécie  para a população.
              A julgar pelas informações recebidas, o plano visualiza a entrada de dólares no país,  embora não estejam determinadas às formas para operacionalizar esse programa. Os americanos, sem embargo, estariam trabalhando com bancos na região, de modo a tornar operacional essa medida.
               Partindo da premissa de que é uma questão de tempo - e não muito -a Administração Trump considera que a queda do regime de Maduro é inevitável. Por isso, já se articularia os passos a tomar após o fim do regime chavista.
                Essa visão - que a contrario sensu se poderia considerar como otimista - a hiperinflação, que é resultado acumulado da incompetência economico-financeira da direção chavista. Ela jogou a população na sua maior parte na pobreza.
                Entrementes, cresceu a popularidade de Juan Guaidó, como se verifica de resto diante de sua capacidade de reunir multidões para as suas manifestações.
                 Armado de muito arrojo e coragem, e ainda por cima sob a ameaça de ser preso a qualquer momento - e tampouco o fez recuar o número de providências do chavismo no sentido de tornar-lhe a vida cada vez mais difícil - Juan Guaidó, não obstante, mostrou firmeza e mesmo audácia em convocar, não obstante todo esse inquietante gradualismo chavista em termos de medidas dirigidas a tornar a sua prisão cada vez mais provável,  não é que Guaidó mostra a ousadia e a determinação de afrontar o chavismo na sua casa principal, que é o Palácio de Miraflores. Sem parecer considerar a hipótese de que venha a ser preso pelos agentes do tirano, ele convoca uma manifestação diante de Miraflores.
                    Por outro lado, o aliado americano pensa em meios e modos de tornar os dólares - deixando de lado os desvalorizados bolívares - acessíveis ao povo venezuelano, que lhe chegariam às mãos através de bancos e aplicativos. Para assegurar quanto à confiabilidade desse ousado plano, ele estaria sendo discutido pelo Tesouro americano em conjunto  com o Conselho de Segurança Nacional e o Fundo Monetário Internacional.
                       Sem embargo - a menos que outros setores da Administração Trump estejam também empenhados na operação - o que tampouco se deveria excluir - os elementos dados nas linhas acima, não dão, S.M.J., indicações quanto à segurança do deputado Juan Guaidó. Por outro lado,no despacho de referência,procedente de Washington,da correspondente do Estado, Beatriz Bulla, há elementos de interesse quanto às perspectivas da ajuda,mas também das prováveis dificuldades.
                             Nesse sentido, Bulla menciona no final de seu artigo a discussão  por especialistas e aliados de Guaidó, em evento organizado pelo Atlantic Council, em Washington, dos caminhos para a reconstrução da Venezuela. Nessa reunião, Nancy Rivera, diretora da Overseas Private Investment Corporation (agência financeira americana destinada ao suporte de investimento privado em mercados emergentes) afirmou que empréstimos de entidades públicas não serão suficientes, se se considerar o nível da crise financeira do país. Nesses termos, a sra. Rivera declarou: "a única solução será obter estruturas legais e regulatórias para que o setor privado possa entrar."

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )  

Nenhum comentário: