Diante da instabilidade
provocada pela situação na Venezuela, a Administração Trump estaria organizando
um plano de recuperação econômica para a
Venezuela. Tal projeto incluiria apoio financeiro e alimentar, além até mesmo
de dinheiro em espécie para a população.
A julgar pelas informações
recebidas, o plano visualiza a entrada de dólares no país, embora não estejam determinadas às formas
para operacionalizar esse programa. Os americanos, sem embargo, estariam
trabalhando com bancos na região, de modo a tornar operacional essa medida.
Partindo da premissa de que é uma
questão de tempo - e não muito -a Administração Trump considera que a queda do
regime de Maduro é inevitável. Por isso, já se articularia os passos a tomar
após o fim do regime chavista.
Essa visão - que a contrario sensu se poderia considerar
como otimista - a hiperinflação, que é resultado acumulado da incompetência
economico-financeira da direção chavista. Ela jogou a população na sua maior
parte na pobreza.
Entrementes, cresceu a
popularidade de Juan Guaidó, como se
verifica de resto diante de sua capacidade de reunir multidões para as suas
manifestações.
Armado de muito arrojo e
coragem, e ainda por cima sob a ameaça de ser preso a qualquer momento - e
tampouco o fez recuar o número de providências do chavismo no sentido de
tornar-lhe a vida cada vez mais difícil - Juan Guaidó, não obstante, mostrou
firmeza e mesmo audácia em convocar, não obstante todo esse inquietante
gradualismo chavista em termos de medidas dirigidas a tornar a sua prisão cada
vez mais provável, não é que Guaidó
mostra a ousadia e a determinação de afrontar o chavismo na sua casa principal,
que é o Palácio de Miraflores. Sem parecer considerar a hipótese de que venha a
ser preso pelos agentes do tirano, ele convoca uma manifestação diante de
Miraflores.
Por outro lado, o aliado
americano pensa em meios e modos de tornar os dólares - deixando de lado os
desvalorizados bolívares - acessíveis ao povo venezuelano, que lhe chegariam
às mãos através de bancos e aplicativos. Para assegurar quanto à confiabilidade
desse ousado plano, ele estaria sendo discutido pelo Tesouro americano em
conjunto com o Conselho de Segurança
Nacional e o Fundo Monetário Internacional.
Sem embargo - a menos
que outros setores da Administração Trump estejam também empenhados na operação
- o que tampouco se deveria excluir - os elementos dados nas linhas acima, não
dão, S.M.J., indicações quanto à segurança do deputado Juan Guaidó. Por outro
lado,no despacho de referência,procedente de Washington,da correspondente do Estado, Beatriz Bulla, há
elementos de interesse quanto às perspectivas da ajuda,mas também das prováveis
dificuldades.
Nesse sentido,
Bulla menciona no final de seu artigo a discussão por especialistas e aliados de Guaidó, em
evento organizado pelo Atlantic Council, em Washington, dos caminhos para a
reconstrução da Venezuela. Nessa reunião, Nancy
Rivera, diretora da Overseas Private Investment Corporation (agência
financeira americana destinada ao suporte de investimento privado em mercados
emergentes) afirmou que empréstimos de entidades públicas não serão
suficientes, se se considerar o nível da crise financeira do país. Nesses
termos, a sra. Rivera declarou: "a única solução será obter estruturas
legais e regulatórias para que o setor privado possa entrar."
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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