Nesta próxima terça-feira, Bibi
Netanyahu, o líder do Likud e atual premier, enfrenta uma das mais
difíceis eleições de sua carreira. Tem
como principal adversário é o general Benny Gantz, ex-chefe das Forças
Armadas.
Cerca de 2,6 milhões de palestinos vivem na Cisjordânia. Eles lutam pela
criação de um Estado próprio, com capital em Jerusalém Oriental, incluindo a
Faixa de Gaza.
No
entanto, Israel mantém quinhentos mil habitantes dentro do território, após
décadas de noyautage através da
migração direcionada de colonos (vindos dos Estados Unidos e de outros países,
em tática dirigida para diluir, enfraquecer e ao cabo vencer a vantagem
numérica dos senhores da terra, que é o povo palestino).
A tática da direita israelense, que Netanyahu representa, oscila entre a aberta destruição de um
enclave, como no caso do vilarejo de Khan al-Ahmar, de duzentos beduínos,
localizado entre dois assentamentos ju-deus em Jerusalém Oriental. O premiê Bibi Netanyahu já intentara a demolição do vilarejo, recuando diante da ameaça de procuradora do TPI, Fatou Bensouda: uma retirada à força dos
beduinos pode ser considerada um
"crime de guerra".
Pelo visto, Netanyahu e a Direita constituem
fator respeitável, mas não invencível
nessa eleição. O seu partido, o Likud, no cômputo geral, está ainda em
posição inferior ao Azul e Branco, do general Benny Gantz, ex-comandante das Forças
Armadas.
Bibi, estando mais à direita, consegue arrastar o agrupamento dos
pequenos partidos. No entanto, esses últimos enfrentam a cláusula de barreira
(3,25% dos votos). É provável que muitos deles não logrem superá-la.
Outro fator a ser computado é o Presidente da República. O seu cargo não
é decorativo notadamente na direção da formação do governo. O presidente Reuven
Rivlin e Netanyahu se odeiam pessoalmente. Em tese, após consultar as partes,
ele determina a quem dará a oportunidade de formar a coalizão de governo.
Essa perspectiva é tão
concreta que o próprio Netanyahu busca alertar quanto à circunstância de que o
presidente esteja "procurando uma desculpa" para dar ao rival a
primeira chance de negociação.
"Se Gantz obtiver
quatro ou cinco deputados a mais, mesmo sendo o nosso grupo conservador
majoritário, ele (Rivlin) usará isso como desculpa para dar-lhe a
prerrogativa", declarou Netanyahu.
O presidente Rivlin contestou:
"Esta é mais uma tentativa detestável de minar a confiança do Povo na
decisão do Presidente após as eleições."
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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