As negociações para a
formação do gabinete em Israel encontraram uma pedra no caminho.
Como se sabe, Bibi Netanyahu e sua
coalizão venceram as eleições do último dia nove de abril. A sua coalizão,
formada por religiosos e nacionalistas de direita, obteve 65 cadeiras em um total de 120 no Knesset.
O seu principal rival, o general Benny Gantz, de centro-esquerda, obteve 55 cadeiras.
O parlamento israelense, como se
sabe, está muito dividido em pequenos partidos, a maior parte de fundo
religioso.
Avigdor Lieberman, ex-ministro da Defesa e líder do partido Yisrael
Beiteinu lançou verdadeiro pomo da discórdia, ao defender a aprovação de lei
que torna o serviço militar obrigatório para os jovens judeus ultra-ortodoxos,
que até hoje estão isentos. Como decorrência lógica, os dois partidos
confessionais - Shas e Judaismo Unido da Torá - se manifestaram
contra.
Netanyahu tem pouco mais de
quarenta dias para formar o gabinete. Se não lograr êxito, a prerrogativa passa
para o general Benny Gantz.
Diante da determinação de
Lieberman em manter a apresentação do projeto de lei de serviço militar
obrigatório para os jovens ultra-ortodoxos, e a recusa desse projeto pelos ultra-ortodoxos, encabeçados por
Moshe Gafni, um dos líderes do partido Judaismo Unido da Torá, que declarou,
outrossim, não ver problema em disputar novas eleições, as risonhas perspectivas
de Bibi Netanyahu mudaram ...
Por ora, o céu de brigadeiro para
Netanyahu pode transformar-se na perspectiva de novas eleições, condicionada
decerto à paciência do povo israelense em enfrentar outra consulta eleitoral, com a sua urna de
incertezas.
(
Fontes: O Estado de S. Paulo; Carlos Drummond de Andrade )
Nenhum comentário:
Postar um comentário