sexta-feira, 19 de abril de 2019

Obstáculo imprevisto para Netanyahu


                                  
        As negociações para a formação do gabinete em Israel encontraram uma pedra no caminho.
          
          Como se sabe, Bibi Netanyahu e sua coalizão venceram as eleições do último dia nove de abril. A sua coalizão, formada por religiosos e nacionalistas de direita,  obteve 65 cadeiras em um total de 120 no Knesset.  O seu principal rival, o general Benny Gantz, de centro-esquerda,  obteve 55 cadeiras.
             O parlamento israelense, como se sabe, está muito dividido em pequenos partidos, a maior parte de fundo religioso. 
              Avigdor Lieberman, ex-ministro da Defesa e líder do partido Yisrael Beiteinu lançou verdadeiro pomo da discórdia, ao defender a aprovação de lei que torna o serviço militar obrigatório para os jovens judeus ultra-ortodoxos, que até hoje estão isentos. Como decorrência lógica, os dois partidos confessionais - Shas e Judaismo Unido da Torá - se manifestaram contra.
                Netanyahu tem pouco mais de quarenta dias para formar o gabinete. Se não lograr êxito, a prerrogativa passa para o general Benny Gantz.
                 Diante da determinação de Lieberman em manter a apresentação do projeto de lei de serviço militar obrigatório para os jovens ultra-ortodoxos, e a recusa desse  projeto pelos ultra-ortodoxos, encabeçados por Moshe Gafni, um dos líderes do partido Judaismo Unido da Torá, que declarou, outrossim, não ver problema em disputar novas eleições, as risonhas perspectivas de Bibi Netanyahu mudaram ...  
                    Por ora, o céu de brigadeiro para Netanyahu pode transformar-se na perspectiva de novas eleições, condicionada decerto à paciência do povo israelense em  enfrentar  outra consulta eleitoral, com a sua urna de incertezas. 

( Fontes: O Estado de S. Paulo; Carlos Drummond de Andrade )

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