Para
obter o "de acordo" da direção da Comunidade Europeia Theresa
May teve de apelar para o presidente Macron, da França, e Angela
Merkel, a Chanceler alemã,
quanto a seu apoio para a utilização do art. 50 para convalidar mais uma
prorrogação até o final do corrente ano de 2019, na permanência do Reino Unido
dentro da Comunidade Europeia.
A
convalidação dessa prorrogação determinará inclusive que o Reino Unido
participe das eleições regionais europeias, previstas para meados de 2019.
Facilitou,
outrossim, a implementação da prorrogação facultada pelo artigo 50 que a May
tenha obtido a concordância da oposição trabalhista, sob a direção de Jeremy
Corbyn.
De
qualquer forma, são tantos os adiamentos no processo do Brexit, que surgem rumores quanto a um novo referendo - que teria a
concordância de parte da Oposição - que ao cabo decida sobre a eventual
permanência do Reino Unido na União Europeia.
No
caso seria o tão falado Segundo Referendo, que viria pôr em votação o que
aquele Referendo de 2016, com baixa quota de presença de eleitores, decidira no
passa-do verão de 2016, com as conhecidas desastrosas consequências para o
Primeiro Ministro David Cameron, que
por razões que a própria razão desconhece, resolvera pôr de novo à baila a
permanência da Velha Inglaterra na União Europeia.
Castigado duramente por ter posto a término uma união de quarenta e seis
anos para agradar um punhado de direitistas nostálgicos, David Cameron teve de suportar o castigo (e a humilhação pelo colossal erro de
avaliação) pelo Brexit em período estival, com o baixo afluxo eleitoral que
endossaria a vergonhosa e contraproducente derrota.
Será que a May, depois de engolir tantos vexames no Parlamento,
conseguirá desfazer toda a conversa do Brexit e viabilizar, dessarte, por
vias contortas, o que seria um surpreendente retorno ao aprisco ?
(
Fonte: The Independent )
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