O Presidente Jair Bolsonaro - em reunião com lideranças partidárias - pediu ajuda para
a aprovação da reforma da Previdência na Câmara. Mas o presidente não ficou só nisso: pediu
desculpas por "caneladas" nos políticos.
Nessa nova linha, ele lançou a ideia de
criar um Conselho Político, com reuniões quinzenais, para sentir a disposição
do Congresso. Admitiu, inclusive, que "errou" ao votar contra as
mudanças nas regras de aposentadoria, quando era deputado, e nesse sentido
admitiu que precisa conversar mais com os partidos em prol de ampla aliança.
Ainda na mesma linha, prometeu deixar de lado a expressão "velha
política",que não ajuda nas relações com o Parlamento.
É de notar-se que a reforma da
Previdência carece dos votos de 308 deputados e 49 senadores. Excetuado o DEM,
os dirigentes de PSDB, PSD,PP, PRB e MDB
(excluído, portanto, o núcleo duro da Oposição) mostraram ceticismo na saída da
reunião com o presidente e disseram que, por enquanto, não pretendem entrar na
base de sustentação do Governo.
Parece que o deslumbramento de
Bolsonaro e equipe espalhou maus fluidos no Parlamento. nos dias de seu
ingresso nas aras do poder presidencial, afetando o Governo quem sabe com
impressões que não correspondam à realidade.
Quebrado esse encanto, trata-se da
penosa volta a um outro mundo, mais sujeito a realidades do que a impressões,
que são necessariamente mutáveis, condicionadas que são a ideias e fantasias,
ainda muito impregnadas pelo entusiasmo da entrada nas aras do poder.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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