O corajoso e
carismático Juan Guaidó, presidente
da Assembleia Nacional, e considerado presidente interino da Venezuela, se vê
objeto de um crescente acosso chavista.
O Tribunal Supremo de Justiça - cujo
título conserva apenas a sombra de o que foi o TSJ, antes um tribunal
respeitado e hoje um servil instrumento do governo de Maduro - abriu a 29 de
janeiro uma "investigação" por supostamente usurpar as funções de
Maduro.
Por outro lado, em um jogo de pinças,
o número dois do Chavismo, o sinistro Diosdado Cabello afirmou, ao encerrar o "debate" no
Palácio Federal Legislativo, aonde funciona a Constituinte: - A lei às vezes tarda, mas neste caso vai chegar.
Dentro da quadrilha chavista,
Cabello é o verdadeiro gangster, e
nesse contexto tem sido muito "apreciado" pelos medalhões do
chavismo, como o atestou o máximo líder Hugo Chávez, e depois de sua morte,
o confirma Nicolás Maduro.
Nesse sinistro contexto,
entende-se o dito de Guaidó: "Eles
podem tentar me sequestrar".
E acrescenta: "Vocês sabem como atua
o regime. Isso não é nem perseguição, isso é inquisição[1]". Nesse quadro que se enegrece, aumenta a
possibilidade de que ele venha a ser detido. Sem embargo, Guaidó tem ignorado
tanto a decisão da Suprema Corte, quanto a da Assembleia Constituinte, por
considerá-las inconstitucionais.
A coragem dá força aos juízos de
Juan Guaidó, mas tal infelizmente não significa assegurar-lhe que a sua bravura
continuará a valer-lhe no desfiladeiro que está atravessando.
Nesse contexto, em entrevista ao
jornal mexicano El Universal, Guaidó
investiu contra a base legal que o Governo Maduro se tem servido para
justificar sua inabilitação para ocupar cargos públicos: " O regime Maduro
quer me inabilitar porque estamos em rumo para eleições livres, para uma
verdadeira democracia. Maduro zomba de uma eventual solução na Venezuela."
(
Fontes: O Estado de S. Paulo, O Globo )
[1]
Guaidó quando se reporta à Inquisição, tem presente o organismo que atuou em
Espanha e Portugal, na perseguição de fiéis supostamente insubmissos em termos
religiosos. Daí o termo inquisição diz respeito tanto a interrogatório, quanto
a uma prisão (calabouço).
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