É
sabido que tanto a pobreza quanto a ignorância favorecem o crescimento de
movimentos de extrema violência, como as condições no território do Iêmen mais uma vez tendem a comprová-lo. Para sociedades mergulhadas na indigência e
na consequente falta de recursos, parece não haver muito lugar para a
construção de sociedades consensuais.
Por isso o paupérrimo Iêmen é um
terreno propício para que movimentos como o Estado Islâmico acreditem aí ter
boas possibilidades de implantação, tanto pela falta de condições favoráveis de
vida, e pela resultante falta de boas perspectivas de que surjam correntes
contrárias ao maniqueismo e por conseguinte a eventuais reações contrárias ao
ambiente opressivo e sufocante de uma sociedade dominada pelo E.I.
Já a al-Qaeda é também lançada
para o Iêmen, não só pela falta de outras válidas opções para a população lá
existente, mas também para a antiga organização terrorista, em que a luta das
facções no Iêmen lhe abre a perspectiva de nova base para o respectivo poder
terrorista.
Daí as causas da luta sem
quartel de E.I. e Al-Qaeda, que já morderam a poeira da derrota, ao disputar-se
o espaço miserável que lhes resta para lograr se não chegar, pelo menos
acercar-se de uma posição de poder. A trajetória de ambos difere, eis que não
se pode comparar as posições anteriores do E.I. com relação a Al-Qaeda, dada a
incrível extensão do poder do Exército Islâmico, que configurou uma real ameaça
pela amplitude do respectivo poder, sobretudo em várias áreas do Meio Oriente.
Quanto à al-Qaeda, são conhecidos os seus principais momentos, até que o seu
principal nome, Osama ben Laden, desaparecesse na exitosa missão dos 'Seals' na
Administração Barack Obama, que o retirou de reduto anônimo no Paquistão onde
estava homiziado para sua sepultura no Oceano Índico.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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