O
pleito de ontem torna possível o quinto mandato de Benjamin Netanyahu. Empatado
quando no confronto direto com o líder da coalizão opositora, o general Benny
Gantz, Netanyahu aparece na dianteira, ao ser computado o apoio dos pequenos
partidos.
Já
a participação do eleitor árabe se caracterizou pela queda: representando um
quinto da população, cerca de 46% votaram ontem, o que está bem abaixo dos
63,5% registrados nas últimas eleições, em 2015. Já a participação geral
eleitoral foi de 67,9%.
A
redução da presença do eleitor árabe nas eleições reflete certo desânimo quanto
às possibilidades gerais, sobremodo se tivermos presentes as promessas de Bibi Netanyahu de anexar a
Cisjordânia. Se falta esperança ao eleitor, essa é uma sinalização importante,
se as perspectivas de uma melhor situação da minoria árabe não mais inspiram à
boa parte dessa comunidade vir a acreditar na promessa das urnas.
Com a direita truculenta de Netanyahu fechar-se-ia uma perspectiva
crível de soluções em que se atendesse aos reclamos das franjas hoje minoritárias
da comunidade árabe.
Trump é decerto um outro fator de movimento - não necessariamente no bom
sentido - em uma região em que a direita hoje parece preponderar.
No entanto, para determinar como se hão de apresentar no tabuleiro
israelense a direita e o centro-direita (a esquerda deixa nesse momento de ser
uma perspectiva crível), há muitas variáveis a serem computadas, entre as
quais a promotoria de justiça, de cuja atuação desenvolvimentos relevantes
podem ser esperados, sobremodo se tivermos presente o número de questões
pendentes que tem o atual Primeiro Ministro com a Justiça daquele país.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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