Paulo
Guedes, o super-Ministro da Economia, em sua audiência na
Comissão de Constituição e Justiça, enfrentou clima de conflito. Tal se deve notadamente ao ambiente de
baderna que presidiu à sessão.
A audiência acabou encerrada, quando
o ministro foi provocado pelo deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR).
Zeca Dirceu, dentro de atmosfera
similar à de feira e sem o respeito regimental devido, afirmou que Guedes é
"tigrão" com uns e 'tchutchuca' com outros, insinuando que Guedes
privilegie banqueiros e rentistas.
A falta de controle pelo presidente
da Comissão do teor das questões, se explica parcialmente tais perguntas,
decerto não as justifica. Compreende-se, portanto, que o Ministro da Economia
se tenha ofendido e partido para ofensas igualmente vulgares.
Guedes também recebeu críticas ao
deixar de responder a perguntas técnicas. Como se assinala, o Ministro tem
assumido o papel de articulador político da reforma, mas o esperado era que
respondesse a dúvidas sobre o texto do projeto.
A CCJ, deveria através de sua
direção manter uma atmosfera de respeito, que é devido não só aos
representantes do Governo, mas também ao Povo Soberano, que faz por merecer um
ambiente não de feira, mas correspondente à hierarquia da CCJ. Ao interesse
nacional interessa que, tanto a Administração em funções, quanto os
representantes do Povo, seja da Situação, seja da Oposição, se respeitem
mutuamente, para que se mantenha atmosfera de dialogo, que é o que deva
interessar a todos.
À Oposição para, através da análise, assinalar
pontos que devam ser corrigidos ou melhorados, e ao Governo, para contribuir ao
maior entendimento do texto, todos, se possível, irmanados no propósito de se
chegar a redação que corresponda ao interesse nacional, que, como devem saber
os representantes da Câmara e do Governo, se sobrepõe às querelas sectárias e
às igrejinhas.
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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