Pela
lentidão da burocracia, cerca de dezoito mil km de estradas federais - um terço
da rede administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT) chegam à Semana Santa sem a devida cobertura de radares. Na
prática, um terço da malha não oferece a necessária cobertura aos motoristas.
O DNIT confirmou que 7 dos 24 lotes em que foram divididos os
contra-tos relativos ao Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade
(PNCV) não foram renovados. Os outros dezessete - que também venceram em
catorze de janeiro, receberam ordens de serviço com prazo de seis meses para
reativação.
A 16 de abril o DNIT informou
que, além da modernização e substituição dos equipamentos, serão reavaliados
todos os pontos de instalação dos radares, o que pode atrasar ainda mais a
reativação. O órgão administra 65,3 mil km de rodovias federais pavimentadas,
operando 2.260 radares fixos e 1.130 lombadas eletrônicas. O Dnit não informou
em que rodovias os radares ainda não voltaram a operar. A estimativa é de que
pelo menos 1,3 mil radares e lombadas estejam fora de operação.
A falta de radares foi
confirmada por usuários em rodovias dos estados de Santa Catarina, Rio Grande
do Sul, Paraná, São Paulo e Paraíba. Em
Santa Catarina, dos quinhentos equipamentos desligados, pouco mais de cem já
foram reativados. No Rio Grande do Sul,
alguns lotes de radar não operam desde outubro e as rodovias de acesso ao
litoral são as mais afetadas. Em São Paulo, há rada-res apagados na rodovia
Transbrasiliana (BR-153), por exemplo.
Para o coordenador da
SOS Estradas, Rodolfo Rizzoto, onde existe menos fiscalização há mais mortes e
feridos. "O trânsito produz 700 vítimas por dia, entre mortes e invalidez
permanente, no Brasil. Na realidade, temos uma indústria da morte e não de
multas. O fato é que radares salvam vidas", disse o coordenador.
Conforme o Dnit, o
Ministério da Infraestrutura determinou análise rigorosa no plano de radares
instalados nas rodovias, a pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro. A
instalação de novos sensores foi suspensa até que essa revisão venha a ser
concluída.
Rodovias concedidas.
A
Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), que administra 9.697 km de
rodovias concedidas à iniciativa privada, informou que os 633 radares fixos,
distribuídos pelas vinte concessões, estão operando normalmente. Por ora, não será pedida autorização para a
instalação de radares controladores de velocidade. A Polícia Rodoviária Federal
informou que atua na fiscalização de velocidade em rodovias federais com o uso
de radares portáteis e estáticos. Os
radares fixos e as lombadas eletrônicas são de responsabilidade do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e no caso das rodovias
concedidas, da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT).
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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