O ditador Nicolás
Maduro aparece na foto, segurando o "Plano da Pátria 2025". Ele é realmente um homem otimista, pois
formula, em meio ao atual desastre venezuelano, planos para daqui a seis anos...
Dada a situação no país, e a
galopante hiper-inflação, o FMI prevê 44,3% de desemprego na Venezuela em 2019.
Já em 2020, metade da população economicamente ativa deverá estar desocupada,
em um nível equivalente ao da Bósnia, em 1996, após a guerra...
O FMI divulgou dados macroeconômicos
da Venezuela, que o governo Maduro vinha
retendo há anos. Os números em apreço só foram enviados ao FMI após meses de
pressão e ameaça de suspensão da entidade.
Para o Fundo, em 2019, a economia
venezuelana perderá um quarto
de seu tamanho. Segundo os técnicos do
FMI, a depressão é tão grande que afetará não apenas a projeção de crescimento
para a América Latina em 2019, mas também a de países emergentes como um todo.
O salário mínimo de dezoito mil bolívares (US$ 5,50 !) é insuficiente para comprar
um lanche em uma rede de fast-food. A taxa de desemprego já ascende a 42% (medida pela consultoria privada Econométrica
em março).
Na sua sede por divisas, o governo Maduro removeu oito toneladas de
ouro na semana passada dos cofres do Banco Central, para vendê-las no exterior com
o escopo de conseguir divisas em meio às sanções da Administração Trump (de
acordo com um deputado e uma fonte do Governo). Com as sanções americanas
afetando as receitas de exportação da estatal petrolífera PDVSA, no seu isolamento, o Governo Maduro recorre às reservas de
ouro, que, na verdade, hoje são a sua única fonte de moeda estrangeira.
Segundo fonte
governamental, já foram retiradas 30
tons. de ouro do Banco Central, desde princípios de 2019. Antes do endurecimento das sanções, os cofres
do B.C. dispunham de cerca cem toneladas (cerca de US$ 4 bilhões).
Nesse ritmo, as reservas de
ouro do Banco Central poderiam desaparecer até o fim do corrente ano, em meio à
luta do governo Maduro de pagar os produtos básicos importados.
No contexto das críticas da oposição
venezuelana a tais vendas do ouro venezuelano, o líder opositor Juan Guaidó vem tentando congelar as contas da Venezuela no exterior,
assim como o estoque de ouro, que incluiria 31 toneladas no Banco Central do
Reino Unido, estimadas em US$ 1,3 bilhão.
Ainda nesse contexto, os Estados Unidos, em janeiro, teria pedido aos
compradores de ouro no exterior que
parassem de negociar com o Governo da Venezuela.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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