sábado, 13 de abril de 2019

Maduro rumo ao abismo ?


                           
       O ditador Nicolás Maduro aparece na foto, segurando o "Plano da Pátria 2025".  Ele é realmente um homem otimista, pois formula, em meio ao atual desastre venezuelano, planos para daqui a seis anos...
          Dada a situação no país, e a galopante hiper-inflação, o FMI prevê 44,3% de desemprego na Venezuela em 2019. Já em 2020, metade da população economicamente ativa deverá estar desocupada, em um nível equivalente ao da Bósnia, em 1996, após a guerra...
           O FMI divulgou dados macroeconômicos da Venezuela, que o governo Maduro  vinha retendo há anos. Os números em apreço só foram enviados ao FMI após meses de pressão e ameaça de suspensão da entidade.
             Para o Fundo, em 2019, a economia venezuelana perderá um quarto de seu tamanho.  Segundo os técnicos do FMI, a depressão é tão grande que afetará não apenas a projeção de crescimento para a América Latina em 2019, mas também a de países emergentes como um todo.
              O salário mínimo de dezoito mil bolívares (US$ 5,50 !) é insuficiente para comprar um lanche em uma rede de fast-food.  A taxa de desemprego já ascende a 42%  (medida pela consultoria privada Econométrica em março).

               Na sua sede por divisas,  o governo Maduro removeu oito toneladas de ouro na semana passada dos cofres do Banco Central, para vendê-las no exterior com o escopo de conseguir divisas em meio às sanções da Administração Trump (de acordo com um deputado e uma fonte do Governo). Com as sanções americanas afetando as receitas de exportação da estatal petrolífera PDVSA, no seu isolamento, o Governo Maduro recorre às reservas de ouro, que, na verdade, hoje são a sua única fonte de moeda estrangeira.
                  Segundo fonte governamental,  já foram retiradas 30 tons. de ouro do Banco Central, desde princípios de 2019.  Antes do endurecimento das sanções, os cofres do B.C. dispunham de cerca cem toneladas (cerca de US$ 4 bilhões).
                   Nesse ritmo, as reservas de ouro do Banco Central poderiam desaparecer até o fim do corrente ano, em meio à luta do governo Maduro de pagar os produtos básicos importados.
                  No contexto das críticas da oposição venezuelana a tais vendas do ouro venezuelano, o líder opositor Juan Guaidó vem tentando  congelar as contas da Venezuela no exterior, assim como o estoque de ouro, que incluiria 31 toneladas no Banco Central do Reino Unido, estimadas em US$ 1,3 bilhão.  Ainda nesse contexto, os Estados Unidos, em janeiro, teria pedido aos compradores de ouro no exterior  que parassem de negociar com o Governo da Venezuela.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )               

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