Para tudo há um limite,
reza o princípio do bom senso. Dentro dessa lógica particular, declarar como
Bolsonaro em Israel que o nazismo foi um movimento de esquerda, parece querer
confundir através da perplexidade as classificações até o presente consideradas
como fora de questão, dadas as óbvias origens dos movimentos que lhe deram
origem.
Como o nazismo sempre foi
considerado como a expressão mais escrachada da boçal violência da direita
extremista, levantar um tal argumento é querer desmontar pela perplexidade
truismos já cimentados por muitos anos de avaliação.
Quando uma das partes em uma
eventual discussão mostra o seu profundo desrespeito à verdade - e como reza um
princípio de lógica não se pode admitir que se neguem princípios básicos, pois
tais negações inviabilizam qualquer discussão, eis que até mesmo nas disputas
se deve partir de consensos partilhados.
Negar-se a admitir premissas
básicas equivale na prática a tornar inviável qualquer polêmica. E é o que
ocorre quando frases como a de epígrafe desta coluna são enunciadas.
( Fonte: O Estado de S.
Paulo )
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