quinta-feira, 4 de abril de 2019

Paulo Guedes na CCJ (II)


                                   
        A audiência pública do Ministro da Economia, Paulo Guedes, a que já me referi  no blog de hoje, antecipou ontem, dia três de abril,  os pontos mais difíceis de serem aprovados na Câmara de Deputados da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) enviada pelo Governo Bolsonaro. Os principais alvos de críticas dos parlamentares foram a introdução do regime de capitalização e as mudanças no benefício assistencial para idosos miseráveis (BPC).
              A Oposição - com o intúito de dar mais relevo às próprias críticas - se valeu do truque de antecipar-se nas reservas de intervenções, a ponto de ocupar por cinco horas - no período de maior audiência da sessão - e tornar o ministro Guedes mais exposto aos ataques. O mais violento e desrespeitoso desses ataques foi dado pelo filho de José Dirceu, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), que chegou a zombar do Ministro como 'tchutchuca' com os mais privilegiados e "tigrão"com os mais pobres. O desrespeito do deputado provocou a suspensão da sessão da Comissão.

              A propósito desse incidente, assim reagiu depois da sessão o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ): "Chamar um ministro de 'tchutchuca' é um absurdo". "É péssimo para a Câmara. Paulo Guedes tem dialogado com respeito com o Parlamento."
               No caso do BPC (idosos miseráveis)  e da aposentadoria rural, Guedes admitiu a retirada do texto desses dois ítens. Também sugeriu que o novo modelo do BPC  seja opcional. 

                 Outra questão que foi motivo de atenção especial do Ministro da Economia são as fraudes na aposentadoria rural. De acordo com ele, se o Congresso retirar os dois pontos, a economia cai de R$ 1,16 trilhão na próxima década para R$ 960 bilhões.


( Fonte: O Estado de S. Paulo (seção Economia e Negócios )

Nenhum comentário: