A audiência pública do
Ministro da Economia, Paulo Guedes, a que já me referi no blog de hoje, antecipou ontem, dia três de
abril, os pontos mais difíceis de serem
aprovados na Câmara de Deputados da Proposta de Emenda Constitucional (PEC)
enviada pelo Governo Bolsonaro. Os principais alvos de críticas dos
parlamentares foram a introdução do regime de capitalização e as mudanças no
benefício assistencial para idosos miseráveis (BPC).
A Oposição - com o intúito de dar
mais relevo às próprias críticas - se valeu do truque de antecipar-se nas
reservas de intervenções, a ponto de ocupar por cinco horas - no período de
maior audiência da sessão - e tornar o ministro Guedes mais exposto aos ataques. O mais
violento e desrespeitoso desses ataques foi dado pelo filho de José Dirceu, o
deputado Zeca Dirceu (PT-PR), que
chegou a zombar do Ministro como 'tchutchuca'
com os mais privilegiados e "tigrão"com
os mais pobres. O desrespeito do deputado provocou a suspensão da sessão da
Comissão.
A propósito desse incidente,
assim reagiu depois da sessão o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ): "Chamar um ministro de 'tchutchuca' é
um absurdo". "É péssimo para a Câmara. Paulo Guedes tem
dialogado com respeito com o Parlamento."
No caso do BPC (idosos miseráveis) e da
aposentadoria rural, Guedes admitiu a retirada do texto desses dois ítens.
Também sugeriu que o novo modelo do BPC seja opcional.
Outra questão que foi motivo
de atenção especial do Ministro da Economia são as fraudes na aposentadoria
rural. De acordo com ele, se o Congresso retirar os dois pontos, a economia cai de R$ 1,16 trilhão na próxima
década para R$ 960 bilhões.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo (seção Economia e Negócios )
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