Prévias – Dilma em queda livre e Lula candidato ?
Pesquisa do Ibope, publicada no Estado de São Paulo aponta a acentuação
na queda de Dilma nas preferências da opinião pública. Agora está com 30%
(baixa de 28 pontos). Lula também cai (tinha 55%), porém
menos, eis que fica com 41 % (o que daria para vencer no primeiro turno). Por outro lado, Nosso Guia reapareceu em público, fez elogios à pupila (‘extraordinária
candidata’) e o que é mais grave, afirmou
que não pretende disputar as eleições em 2014. Em um cenário como o
presente, em que a candidatura da presidenta está em crise (por sua queda nas
pesquisas) e cresce o nervosismo no PT,
assustado com a possibilidade de ser escorraçado do poder, esse tipo de declaração
pode ser lido ao revés, como indicativo de que Lula da Silva, ao contrário do que
apregoa, pode ter de aceitar a convocação para tomar o bastão de sua criatura,
diante do claro e iminente perigo de uma derrota de Dilma em 2014.
Mais Dados sobre a fluidez do quadro
Ainda na pesquisa do
Ibope, aumentou o percentual dos votos em branco e nulos, de 9% para 18%, o
que é um ulterior indício sobre a atual fluidez do quadro. Dentre os demais candidatos, Marina cresceu para 22%, Aécio (PSDB) 13% e
Eduardo Campos (PSB) (5%). Dentre os sem-partido, Joaquim Barbosa, o presidente do
STF, teria 15% das preferências.
Prognósticos do Ministro Guido Mantega
Dados os precedentes, as previsões do Senhor Ministro da
Fazenda devem ser tomadas com extremo cuidado, tendo em vista as discrepâncias
anotadas por pronunciamentos anteriores, que a evolução (ou seria melhor dizer
involução) posterior cuidou de desmentir.
Com o seu incorrigível
otimismo de alto gerarca, para 2013 Mantega vê alta do PIB de 2,5 a 3%. Ainda
no mesmo róseo cenário, o Ministro engata uma segunda mudança na caixa mecânica
de seu otimismo, e nos informa que a inflação está sendo superada...
Mais protestos no entorno da residência do Governador Sérgio
Cabral. De acordo com o usual figurino, as manifestações contra Sua Excelência
a princípio foram pacíficas, com cerca de cinco mil pessoas.
Avançando a noite, um grupo de anarquistas e vândalos
iniciou depredações e quebra-quebra, Tal ação foi de certo facilitada, porque o
efetivo policial cuidou de proteger a morada do Governador e a respectiva
quadra residencial. Na Ataulfo de Paiva, que é a principal via do Leblon, houve
ataques contra agências de grandes bancos privados, lojas comerciais e bares,
com considerável prejuízo para o comércio, dada a circunstância de que os
anarquistas e vândalos agiram livremente, sem qualquer intervenção policial.Em reunião convocada pelo Governador, o Secretário José Mariano Beltrame (da Segurança) e o Comandante da PM criticaram as limitações alegadamente impostas ao trabalho da polícia. O Secretário enfatizou que se trata de ações muito difíceis e muito complexas, que por vezes colocam a polícia entre a prevaricação e o abuso de autoridade.
O comandante da
PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho,
disse que o pacto entre a polícia e entidades de direitos humanos e a OAB, para a redução de armas não letais,
como gás lacrimogêneo, não funcionou.
Depois de
referir que a polícia também tem direitos humanos, disse que é tempo para
reavaliar. “O gás lacrimogêneo, de que todo mundo reclama, é o menos letal. As
pessoas falaram para não usar. Vimos que ontem (quarta-feira) houve
dificuldades. Vamos repensar nossa estratégia para voltar a atuar como antes.
Não sabemos quem está por trás disso tudo.”
O presidente da
Comissão de Direitos Humanos da OAB, Marcelo Chalréo, disse estranhar o
comportamento da polícia no episódio:
“Eu estava no
Leblon por volta das 20:30hs, e havia policiais por toda parte. Quando começou
a confusão, a polícia desapareceu. Deixou as ruas entregues aos problemas. A PM só voltou uma hora mais tarde, quando
tivemos o primeiro detido. Afinal onde estava a polícia ?”
Para os
moradores, a PM se limitou a fazer um
cerco à rua onde mora Cabral (Aristides Espínola) e deixou as outras vias à
mercê dos vândalos.
A respeito da
ausência do Governador Sérgio Cabral, O
Globo insere pequena nota, aonde notadamente assinala que “não é a primeira
vez que o governador some” em tais ocasiões de crise. Nesse contexto, reporta
que “depois das chuvas na Serra em 2011, que mataram 900 pessoas, Cabral
demorou a aparecer.(...) (E)stava em viagem pela Europa. O governador também
demorou dias para se pronunciar após as chuvas de Angra dos Reis, em 2010,
quando 53 pessoas morreram.(...) Cabral e sua família não dormiram no Rio ontem
e anteontem, por questões de segurança.”Houve perplexidade entre os moradores de Leblon e Ipanema, diante da mudança na atitude da PM. Antes criticada pelo uso excessivo da força e de abusos no emprego de armas não letais, desta feita os PMs não agiram para impedir as extensas depredações (e saques de artigos nas diversas lojas), o que provocou revolta entre os moradores.
Há que
encontrar-se um meio-termo para enfrentar esse tipo de desafio, com a detenção
dos vândalos, e a utilização de instrumentos não-letais para lidar com a
violência. Devem-se evitar as balas de borracha (que cegaram repórteres em São
Paulo) e que, ao contrário de o que se pensa em geral, podem ser letais. Os
demais meios dissuasórios devem ser utilizados com discrição e bom senso. Entre
outras palavras, conforme indicado, as forças da ordem carecem de encontrar um
meio termo entre a truculência e a omissão.
( Fontes: O Globo, inclusive on-line)
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