sexta-feira, 19 de julho de 2013

Diário da Mídia

                                          
 Prévias – Dilma em queda livre e Lula candidato ?

Pesquisa do Ibope, publicada no Estado de São Paulo aponta a acentuação na queda de Dilma nas preferências da opinião pública. Agora está com 30% (baixa de 28 pontos). Lula também cai (tinha 55%), porém menos, eis que fica com 41 % (o que daria para vencer no primeiro turno).  Por outro lado, Nosso Guia reapareceu em público, fez elogios à pupila (‘extraordinária candidata’) e o que é mais grave, afirmou que não pretende disputar as eleições em 2014. Em um cenário como o presente, em que a candidatura da presidenta está em crise (por sua queda nas pesquisas) e cresce o nervosismo no PT, assustado com a possibilidade de ser escorraçado do poder, esse tipo de declaração pode ser lido ao revés, como indicativo de que Lula da Silva, ao contrário do que apregoa, pode ter de aceitar a convocação para tomar o bastão de sua criatura, diante do claro e iminente perigo de uma derrota de Dilma em 2014.


Mais Dados sobre a fluidez do quadro

 Ainda na pesquisa do Ibope, aumentou o percentual dos votos em branco e nulos, de 9% para 18%, o que é um ulterior indício sobre a atual fluidez do quadro.  Dentre os demais candidatos,  Marina cresceu para 22%, Aécio (PSDB) 13% e Eduardo Campos (PSB) (5%). Dentre os sem-partido, Joaquim Barbosa, o presidente do STF, teria 15% das preferências.

 
Prognósticos do Ministro Guido Mantega

Dados os precedentes, as previsões do Senhor Ministro da Fazenda devem ser tomadas com extremo cuidado, tendo em vista as discrepâncias anotadas por pronunciamentos anteriores, que a evolução (ou seria melhor dizer involução) posterior cuidou de desmentir.
Com o seu incorrigível otimismo de alto gerarca, para 2013 Mantega vê alta do PIB de 2,5 a 3%. Ainda no mesmo róseo cenário, o Ministro engata uma segunda mudança na caixa mecânica de seu otimismo, e nos informa que a inflação está sendo superada...

 
Noite quente no Leblon

 
Mais protestos no entorno da residência do Governador Sérgio Cabral. De acordo com o usual figurino, as manifestações contra Sua Excelência a princípio foram pacíficas, com cerca de cinco mil pessoas.
Avançando a noite, um grupo de anarquistas e vândalos iniciou depredações e quebra-quebra, Tal ação foi de certo facilitada, porque o efetivo policial cuidou de proteger a morada do Governador e a respectiva quadra residencial. Na Ataulfo de Paiva, que é a principal via do Leblon, houve ataques contra agências de grandes bancos privados, lojas comerciais e bares, com considerável prejuízo para o comércio, dada a circunstância de que os anarquistas e vândalos agiram livremente, sem qualquer intervenção policial.

Em reunião convocada pelo Governador, o Secretário José Mariano Beltrame (da Segurança) e o Comandante da PM criticaram as limitações alegadamente impostas ao trabalho da polícia. O Secretário enfatizou que se trata de ações muito difíceis e muito complexas, que por vezes colocam a polícia entre a prevaricação e o abuso de autoridade.

O comandante da PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, disse que o pacto entre a polícia e entidades de direitos humanos e a OAB, para a redução de armas não letais, como gás lacrimogêneo, não funcionou.
Depois de referir que a polícia também tem direitos humanos, disse que é tempo para reavaliar. “O gás lacrimogêneo, de que todo mundo reclama, é o menos letal. As pessoas falaram para não usar. Vimos que ontem (quarta-feira) houve dificuldades. Vamos repensar nossa estratégia para voltar a atuar como antes. Não sabemos quem está por trás disso tudo.”

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Marcelo Chalréo, disse estranhar o comportamento da polícia no episódio:
“Eu estava no Leblon por volta das 20:30hs, e havia policiais por toda parte. Quando começou a confusão, a polícia desapareceu. Deixou as ruas entregues aos problemas. A PM só voltou uma hora mais tarde, quando tivemos o primeiro detido. Afinal onde estava a polícia ?”

 Para os moradores, a PM se limitou a fazer um cerco à rua onde mora Cabral (Aristides Espínola) e deixou as outras vias à mercê dos vândalos.
 A respeito da ausência do Governador Sérgio Cabral, O Globo insere pequena nota, aonde notadamente assinala que “não é a primeira vez que o governador some” em tais ocasiões de crise. Nesse contexto, reporta que “depois das chuvas na Serra em 2011, que mataram 900 pessoas, Cabral demorou a aparecer.(...) (E)stava em viagem pela Europa. O governador também demorou dias para se pronunciar após as chuvas de Angra dos Reis, em 2010, quando 53 pessoas morreram.(...) Cabral e sua família não dormiram no Rio ontem e anteontem, por questões de segurança.”
Houve perplexidade entre os moradores de Leblon e Ipanema, diante da mudança na atitude da PM. Antes criticada pelo uso excessivo da força e de abusos no emprego de armas não letais, desta feita os PMs não agiram para impedir as extensas depredações (e saques de artigos nas diversas lojas), o que provocou revolta entre os moradores.

Há que encontrar-se um meio-termo para enfrentar esse tipo de desafio, com a detenção dos vândalos, e a utilização de instrumentos não-letais para lidar com a violência. Devem-se evitar as balas de borracha (que cegaram repórteres em São Paulo) e que, ao contrário de o que se pensa em geral, podem ser letais. Os demais meios dissuasórios devem ser utilizados com discrição e bom senso. Entre outras palavras, conforme indicado, as forças da ordem carecem de encontrar um meio termo entre a truculência e a omissão.

 
 
( Fontes: O  Globo, inclusive on-line)     

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