X V I
Meu
distante amigo Pedro, presente embora na memória frágil do tempo cruel,
nestes dias carregados de
presságios, me descubro a escrever-te pouco empós da última carta. Não é,
decerto, agradável viver em compasso de espera, sobretudo se o que paira pode
trazer consigo incômodos tão perversos quanto gratuitos.
O Presidente
Clinton, perseguido por Ken Starr e sequazes, terá inventado o artifício
psicológico da chamada compartimentação, ou a aplicação moderna do anexim ‘a
time for each problem’.[1]
Pôde, dessarte, continuar governando ( e vivendo ), mantendo à distância as
angústias privadas e as incertezas políticas.
De minha parte, tenho mais do que dúvidas se
tais barreiras mentais são realmente estanques. À noite, te agitam o sono as
visitas indesejáveis desses avantesmas, carregando no seu bojo inefável as
freudianas caricaturas dessas inquietudes.
A propósito,
não te escapará a desenvoltura com que me refiro ao Dr. Freud. Se ainda não
tiveste oportunidade, creio que seria o caso de aí o procurares. Depois de uma
boa conversa – se não estiver ocupado com a Anna – hás de verificar que as
tuas prevenções não tinham cabimento. E,
assim, ficarás livre de alguns entraves que, por vezes, te tolheram o
comportamento terreno.
O silêncio de Petrópolis foi quebrado por duas
comunicações do Dr. Brito. Lá tudo corre a contento, com a despedida do Hermes(x) ,
após ausência injustificada de vários dias. Na mesma semana começou a trabalhar
o híbrido de jardineiro-motorista, de acordo com as especificações da Thérèse.
Acrescentou o teu amigo in pectore que
ela está administrando bem a casa, posto que sem contar com a lealdade dos
empregados. Na minha resposta – que também registrava haver tomado a
providência bancária por ele encarecida – assinalei dois aspectos óbvios dessa
falta de lealdade. Só restaria a substituta da cozinheira Geralda,
entrementes falecida. Se também não é confiável, a única saída seria afastá-la
e contratar uma nova. Com a tabula rasa Therezinha
poderá ditar as regras que bem entender.
Hás de convir
que para tua mulher é a melhor solução. Com a ajuda do Dr. Brito, as cousas
entram em seus lugares. Será o pós-Pedro, mas o que para ti interessa senão uma
sistemazione[2]
estável para ela ? Faço votos que as contas tenham sido bem feitas, e que
os recursos da pensão bastem para sustentar viúva, casa da Visconde do Uruguai
e criadagem reduzida. Nada mais apropriado para a sucessora do que novas regras
e empregados por ela escolhidos.
Que o Rezende
não é correspondente previsível, já o sabia. Em resposta àquela correspondência
que me enviou de Ubá, lhe escrevi missiva de duas páginas em princípios de
agosto. Hoje me pergunto se o par de laudas não o terá assustado. Fato é que
estou pendente de contestação desde então. Nunca tive ilusões quanto a
transformá-lo em uma espécie de ersatz
teu, em matéria de cartas. Os anos hão de pesar, além da própria disposição,
que sempre favoreceu as respostas orais. As
coisas, no entanto, se complicam, pois há um oceano e seis horas de fuso a
separar-nos. Tudo isso lhe sopra ao ouvido para deixar para um amanhã
indefinido a epístola devida ao amigo do amigo.
No dia dez de novembro viajaremos, Ana e
eu, para o Rio. Faço planos de ir com Rezende visitar a Thérèse. Entretanto, os
compromissos médicos da agenda é que decidirão da factibilidade de tais
projetos.
Estou lendo um livro de Cornelius
Castoriadis, um pensador greco-francês, que me foi recomendado por Ana. Ele
faleceu em 1997 e a obra, sob o título ‘Ce
qui fait la Grèce 1. De Homère a Héraclite’[3],
é uma transcrição de seminários sobre o tema em 1983. Devo confessar-te que
comecei a leitura com maior entusiasmo do que a termino. Dentre os exórdios, há
apresentação de Vidal-Naquet, em que o helenista insere discretas restrições no
que deveria ser um encômio do estudioso.
Não me
recordo de que o tenhas mencionado, nem ele consta, salvo erro, das listas que
me preparaste, em diversas épocas. Pergunto-me se a omissão foi inadvertida,
por desconheceres o autor, ou intencional, por considerá-lo de menor peso.
Pensei na tua
monografia sobre o ‘Animal Político’, quando deparei em um dos seminários
referência en passant ao æ´ïí ðïëéôéêüí de Aristóteles. A menção é sucinta,
sem afastar-se do sentido corrente dado à expressão, e, portanto, não
acrescenta muito a uma discussão do tema. Entretanto, em typescript encontrado pelos editores nos papéis de Castoriadis,
fizera ele uma súmula do que pretendia versar nas suas preleções. O aludido
texto foi incluído, sob o título La
Pensée Politique[4],
no livro supracitado, em apêndice aos capítulos dedicados aos seminários.
Conquanto não
trate em profundidade da expressão do Estagirita – o que é, de resto, compreensível,
atendido o escopo precípuo do estudo – os seus comentários aqui vão um pouco
além. Dada a relativa concisão, parece-me oportuno transcrever-lhe as linhas
pertinentes: “ La loi est oeuvre humaine
– elle est l’oeuvre de l’Tíèñùðïò
par laquelle l’Tíèñùðïò
se fait Tíèñùðïò. L’Tíèñùðïò se
fait Tíèñùðïò en se donnant une loi. Cela veut dire: en s’instituant alors que sa
nature ne comporte aucune limitation
interne et naturelle. IÁíèñùðïò æ²ïí ðïëéôéêüí
ne signifie pas simplement que l’humain est un animal ‘social’en un sens vague
(ou précis: Aristote connaissait
évidemment les ruches et les fourmilières, mais il n’a pas défini l’abeille ou la fourmi comme ‘animale politique’), comme on le lui
a pratiquement toujours fait dire. Ce que dit Aristote, en langage moderne, c’est:
l’humain est un animal instituant ,
qui n’existe que par son appartenance et sa participation à une communauté
instituée et qui s’auto-institue (se donne ses lois). (...) Et, bien entendu,
il y a consubstantialité de cette
définitio de l’humain comme ‘animal politique’ et de l’autre: æ²ïí
ëãïí h÷ïí,
animal possédant le ëüãïò, puisqu’il
n’y a de ëüãïò
que dans et par la ðüëéò, et
de ðüëéò
véritable que dans et par le ëüãïò.
Pas de ðüëéò
sans création d’un espace public
d’interrogation et de contrôle réciproques – et un tel espace est déjà le ëüãïò
dans son effectivité.” (Castoriadis, pp.
292 et 293, passim) [5]
A transcrição saíu algo mais longa do que previra.
Relendo-a, porém, penso que terá interesse. Por não relevar diretamente a nosso
tópico, suprimi trecho referente a Marx, que definiu ‘o humano como o animal
que se autoproduz por meio de trabalho’. Castoriadis considera a concepção de
Aristóteles como, a um tempo, mais profunda e mais universal, eis que a definição
de Marx se relaciona estreitamente com a época e l’imaginaire do capitalismo.
Voltemos,
contudo, à análise de Castoriadis, no que concerne ao dito aristotélico. Primo, estou convencido de que não o
consultaste. Se o tivesses lido, dificilmente te furtarias a inseri-lo no teu
trabalho. De minha parte, se fosse eu quem o apontasse primeiro, tenho fundadas
dúvidas de que aproveitarias a contribuição, por força da postura a que já me
reportei acima. Secondo, a própria
circunstância de partir de outro prisma dá ao seu enfoque certa relevância. De
acordo com a sua tese, ele está menos preocupado com o aspecto semântico da
expressão em si do que com a inter-relação de íüìïò (la loi), æ²ïí ðïëéôéêüí, ëüãïò,
ðüëéò e, por conseguinte, PãïñÜ[6].
Assim, ao comentar a expressão nesse contexto diverso, Castoriadis não
questiona o oxímoro. Ao contrário, aceita a tradução tradicional – o homem, um
animal político – e se reporta, inclusive, a outras instâncias do emprego de æ²ïí ðïëéôéêüí,
e.g., abelhas e formigas, quando
empresta a ðïëéôéêüí
a acepção de social. Em nenhum momento o autor greco-francês julga imprópria a
tradução comum. Se não é um filólogo, o seu conhecimento e leitura do grego
clássico se afiguram consideráveis. A par dos estudos, o nascimento já lhe
conferia vantagem não negligenciável.
Em
suma, creio que o aporte de Castoriadis te daria a oportunidade de discutir a
utilização em âmbito mais amplo desta expressão que julgaste sem sentido. Ao
invés de cingir-se à análise do significado no quadro estritamente pertinente,
trarias para a monografia a apreciação de alguém que se servia do dito
aristotélico como instrumento para desenvolver raciocínio com propósitos
diversos do exame a que te propuseste.
Sei
que todo esse arrazoado pode semelhar exercício inútil, eis que a
‘descoberta’de Castoriadis – que devo à minha mulher – ocorreu muito depois de
haveres terminado o ‘Animal Político’e da tua lamentável partida. De qualquer
forma, a citação deste autor me pareceu demasiado relevante para que a
omitisse.
Talvez seja beirar a injustiça, dado o caráter
das preleções orais, porém superficial é qualificação que pode ser atribuída a
determinados juízos de Castoriadis. Ele me parece um tanto apressado em algumas
de suas conceituações, sobretudo no que concerne aos pré-socráticos. Há certa
tendência para a projeção e a extrapolação de diversas frases desses
precursores da filosofia. Não lhe faltam razões, no entanto, quando encarece a
necessidade de que se atualize a obra de Diels, não só em função do número de
achados posteriores, senão da conveniência de uma nova tradução dos fragmentos,
que venha a refletir o presente Zeitgeist[7]. Diante da exiguidade relativa dos
fragmentos, poderás obtemperar que qualquer tratamento desse material esparso e
lacunoso há de requerer um pouco de imaginação, com o que estou de acordo. O
importante é ter-se em mente que se trabalha com hipóteses e não com certezas.
Acho difícil que hajas ignorado a existência
deste estudioso, que, na divisão moderna dos classicistas em platônicos e
aristotélicos, se insere entre os segundos.Conquanto tal possibilidade não seja
descartável, semelha pouco provável, sobretudo diante do teu conhecimento de
personalidades menores no cenário francês contemporâneo, como, v.g., Luc Ferry.
Aliás, a simpatia de Castoriadis por
Aristóteles o leva a afirmações ousadas. “Aristote, élève de Platon (...) apparaît comme le véritable philosophe
du Ve siècle et de la cité démocratique. (...) Aristote antérieur à Platon. Et cela est visible non seulement dans
sa philosophie politique, tout à fait opposée à celle de Platon (...), mais même
dans son esprit général et (...) dans son ontologie proprement dite (...). Il
réfute (Platon). Et l’on pourrait
imaginer un Aristote qui aurait vécu au Ve siècle et aurait écrit à peu près ce
qu’il a écrit.”[8] (Castoriadis, p.39). Os grifos da
citação são meus. A tese pode parecer absurda – e, sem dúvida, por mais
diversos que sejam, Aristóteles é o discípulo de Platão, a quem consoante a
melhor tradição irá transcender – mas tem elementos plausíveis, como a
diferença de concepção política. A conclusão será equivocada, mas as premissas
merecem consideração.
Quiçá
retorne à questão no futuro. Terás acaso lido esse grego? Com 23 anos,
abandonou um país atrasado e presa da guerra civil, para tornar-se um francês
na Paris pós-45, mergulhando em um mundo intelectualmente mais provocante e
promissor. Com a sua bagagem de estudos clássicos, trazida da Grécia, circulou
com desenvoltura pelo meio acadêmico. Se desafia uma classificação determinada,
filia-se ao socialismo, leciona na École
des Hautes Études em Sciences
Sociales, tem militância sindical, e é psicanalista. Essas e outras
atividades as exercerá com helênica paixão. Ao cabo, pagará talvez o preço dos
polímatas. A dedicação exclusiva, ou pelo menos preferencial, não é só atributo
de burocratas.
De qualquer
forma, essa obra tem interesse. Se nunca discutimos acerca de Castoriadis, não
me resta senão realizar exame mais cuidadoso do teu livro, e das relações de
autores que me passaste. Intentarei, dessarte, obter a resposta que,
infelizmente como tantas outras, não mais estarás em condições de
proporcionar-me.
Na carta
anterior, escrevi acerca das tuas relações – melhor diria não-relações – com o
doutor Freud. Não tenho – seja dito de antemão – a menor intenção de aprofundar
ulteriormente o tema, que, dentro das limitações suprarreferidas, já me parece
tratado bastante. A vinheta que pretendo acrescentar me é sugerida por imagem
tua que trago gravada na mente. Estamos no Urich, quiçá em tarde de 2004, os
comensais nas fileiras de mesinhas principiam a escassear, porém próxima e em
diagonal à nossa, lá está um grupo de jovens adultos. Preparavas as sacolas
para a travessia até o ônibus, decerto para ajeitar um inesperado maço das
seções literárias do Estadão, que te entregara, como de costume, o Rezende.
Nesse ajustar de livros, luziu a capa, com o seu brilho acetinado de pretos,
cinzentos e prateados, do calhamaço de Joachin Fest sobre Adolf Hitler, e as tão
tristemente conhecidas cenas das manifestações multitudinárias do nazismo. Como
hei de esquecer os olhares entre assustados e sarcásticos daquela roda, que,
sem o notares, te fulminaram à maneira de quem individua um saudosista do III
Reich. Dardejavam as vistas um sobressaltado assombro, mais surpresos do que
indispostos em descobrir pretensas paixões totalitárias que acreditavam cousa
de documentário ou de velhos filmes da II Guerra Mundial.
Não é necessário ler Pirandello para realizar
o quão enganosas são as impressões. Ao chegarem em casa, alguns do grupelho
terão comentado com a esposa: ‘Sabes o que vi hoje no restaurante ? Um fascista
carregando uma bruta biografia do Hitler !’ Para muitos, o fato de portar
determinados livros só se explica por motivação ideológica. O inglês tem uma
expressão que semelha muito apropriada para esse tipo de ilação: to jump at conclusions.[9]
Quantos levam para seus lares julgamentos que crêem definitivos, talhados
na pedra, quando na verdade correspondem à visão de um adolescente, entrevista
através de caprichosa nesga de mal cerradas cortinas, de o que pensa ser corpo
desnudo de mulher.
O quadro de que foste o ignaro personagem não
mentia quanto ao teu interesse pelo Führer.
Nascido em 1924, a eclosão de uma das tragédias do século XX te encontraria com
quinze anos, portanto com idade para entender o que se passava no mundo, e a
ameaça que representou para a civilização ocidental o cabo austríaco. A par
disso, entre as tuas inúmeras preferências se achava a história e também o que
os alemães chamam de Zeitgeschichte.[10]
Nessa
improvisada barra de tribunal, sou o advogado que acorre em tua defesa. E, no
entanto, em tais episódios, pouco há realmente a fazer. Se quisesse em verdade
apagar uma apreciação equivocada, eu deveria então me dirigir aos
desconhecidos, afirmar que obravam em erro, e aduzir os argumentos apresentados
no parágrafo anterior.
Que resultado
lograria com tão abstruso comportamento ? A tua estranheza com a minha atitude, talvez um desaforo ou uma negação
apressado do grupelho, do tipo: ‘Que é isso, ô fulano ? Tá maluco ?’ Aliás, se
esse tipo de reação se tornasse corriqueiro, os contatos pessoais tenderiam a
causar mais rixas e desforços, do que os becos e os botecos da periferia, nas
horas traiçoeiras da madrugada.
Por
isso, meu caro, mesmo sem procuração, se renuncio em abraçar-te a causa em
ambientes não convencionais, não abandono esta banca, dada a manifesta injustiça
da acusação, sobretudo a alguém que sempre foi amigo das leis, advogado e
membro contribuinte da O.A.B.
Com os meus oito anos de Itália, não me
abalançava a taxar de fascista a biblioteca de algum conhecido romano em que
houvesse prateleiras plenas de biografias de Mussolini e análises sobre o vintênio.
Convivera demasiado com intelectuais e profissionais italianos para cair
extrapolações açodadas, eis que il Duce
açambarcou mais de vinte anos da história política e cultural da península,
para ser ignorado ou encafuado em caixas de livros nos porões dos palácios
romanos.
Ao fim
de contas, cabe também aqui o recurso à antiga sapiência aristotélica. No ìÝóïò[11] está a resposta quanto à
propriedade de uma conduta. Assim, somente se adentrares residência e te vires
cercado de tomos de e sobre o nazismo, será válida a presunção de que o
proprietário nutre alguma simpatia por esta ideologia. Daí o engano de tantos,
pela circunstância de não disporem de base confiável para formar um juízo, e, não
obstante, qualificar alguém disto ou daquilo, fundados no fato de exibir
qualquer coisa fora do comum. Desta maneira, não se acoima uma senhora de alcoólatra,
por aparecer alegrinha em uma festa, e nem a ti, Pedro, de fascista, por
sobraçar a melhor biografia de Hitler !
Na semana entrante e na seguinte, há duas
conferências internacionais aqui em Atenas de que o Brasil participa. Por isso,
retardei a nossa ida ao Rio de Janeiro. Se é tempo de azáfama, será mister
adiar a próxima correspondência.
Com o apreço
de sempre e a funda saudade que, malgrado as insídias do tempo, só vem
aumentando,
* *
[1] ‘um
tempo para cada problema’.
[2] arranjo
(italiano)
[3] ‘O
que é a Grécia. 1. De Homero a Heráclito’.
[4] O
Pensamento Político.
[5] A
lei é obra humana – ela é a obra do homem pela qual o homem se faz homem. O
homem se faz homem dando-se uma lei. Isto quer dizer: instituindo-se eis que
sua natureza não comporta nenhuma limitação interna e natural. O homem é um animal gregário não
significa simplesmente que o homem é um animal ‘social’ em um sentido vago ( ou
preciso: Aristóteles conhecia obviamente as colmeias e os formigueiros, mas ele
não definiu a abelha ou a formiga como ‘animal político’), como sempre se lhe
atribuíu. O que Aristóteles disse, em linguagem moderna, é: o humano é um
animal que se institui, que existe somente por sua ligação e participação em
uma comunidade instituída e que se auto-institui (se dá as próprias leis).
(...) E, como é lógico, há consubstancialidade desta definitio do humano como ‘animal político’ e do outro (aspecto):
animal que tem entendimento (logos), porque não há logos que na e pela cidade, e verdadeira cidade que em e através do
logos. Não há cidade (polis) sem criação de um espaço público de interrogação e de controle recíprocos – e um
tal espaço já é o logos na sua efetividade (Castoriadis, pp. 292 e 293,
passim).
[6] praça,
mercado, ou o centro da cidade antiga.
[7] espírito
do tempo
[8] Tradução:
‘Aristóteles, aluno de Platão (...) surge como o verdadeiro filósofo do V
século e da cidade democrática. (...) Aristóteles
anterior a Platão. E isto é visível não só na sua filosofia política,
claramente oposta àquela de Platão (...), mas também no seu espírito geral e
(...) na sua ontologia propriamente dita (...). Ele refuta (Platão). E poder-se-ía imaginar um Aristóteles que
tivesse vivido no V século e tivesse escrito mais ou menos o que ele escreveu.’ ( Castoriadis, p.39)
[9] saltar
para uma conclusão.
[10] história
contemporânea.
[11] meio
termo
Nenhum comentário:
Postar um comentário