quinta-feira, 25 de julho de 2019

Ditadura Ortega solta assassino de Raynéia


                        

           Cerca de um ano depois do assassinato  da estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima - baleada à noite, quando voltava da faculdade em que estudava em Manágua - sua mãe, Maria José da Costa, recebeu a notícia  de que o assassino da filha, o vigilante Pierson Gutierrez Solis deve deixar a prisão.
             Tal se deve à polêmica determinação da ditadura de Daniel Ortega, a chamada Lei da Anistia, firmada em junho último, e contestada pelos órgãos de direitos humanos.

               Raynéya tinha 30 anos quando foi abatida na noite de 23 de julho de 2018, no auge de uma onda de protestos contra a ditadura Ortega, e uma forte repressão a opositores , que deixou 325 mortos, muitos presos e cerca de 62 mil exilados.
               Malgrado o vigilante Pierson Gutierrez haja sido condenado, ele deixa a prisão por conta da polêmica Lei de Anistia, que é muito contestada pelos organismos de direitos humanos.  
            Apesar  de réu confesso,  Maria José acredita que o vigilante seja apenas um ¨bode expiatório", segundo um vídeo que circula nas redes sociais de Manágua. Na gravação, a mãe de Rayneia apela para que a Justiça brasileira  "tome as rédeas do caso" para descobrir a verdade.
                   Solís foi condenado em dezembro a quinze anos de prisão, pelo homicídio de Rayneia. Passado um mês da promulgação da Lei da Anistia, o advogado dele pediu que o processo seja extinto e que ele seja solto, o que foi decidido no correr desta semana. 
                   O regime Ortega continua muito contestado.  Essa virtual impunidade a antigos seguranças de poderosos pode ser vista como tentativa de reforço das bases da ditadura Ortega.

( Fonte:  O  Globo )

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