segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Rescaldo de Fim de Semana

                                   

     Que fazer com propaganda sem escrúpulos?

 
     A publicidade é um dos instrumentos da campanha, mas a campanha comandada pelo veterano marqueteiro  João Santana segundo a VEJA mostra a contrario  sensu a necessidade urgente de que a Justiça Eleitoral seja aparelhada de forma neutra e objetiva para prevenir, corrigir  e eliminar tais abusos. Não estamos em terra chavista, aonde os órgãos estatais se acham a serviço do regime de Nicolas Maduro. Um primeiro sinal – denegada a solicitação de tempo de resposta para a tosca e mentirosa propaganda sobre a autonomia do Banco Central – não deveria passar em branca nuvem.

    Diante do perigo do avanço da candidatura de Marina, Lula e o  alto-comando petista deram a ordem de marcha:  “precisamos reagir e reorganizar a equipe”. Iniciou-se, dessarte, a tentativa de processo de destruição da candidatura Marina. Logo a máquina de propaganda comandada por João Santana mostrou a que viera. Sem nada dever ao Dr. Goebbels, “nunca se viu na história eleitoral deste país uma combinação tão violenta de mentiras, falsificações, manipulações, exageros e falsas acusações como a despejada pelo PT sobre Marina. A campanha eleitoral de Dilma deixou de lado todos os escrúpulos, esqueceu o debate de ideias e propostas, ignorou (...)as decências mais básicas da convivência civilizada entre adversários. Marina foi vestida, então, com o traje da ignomínia  que o partido já colocara antes em todos que haviam ousado se interpor entre o PT e o poder.”
    

     Por antidemocrático, esse arsenal de recursos anti-éticos, desleais, mentirosos e mesmo difamatórios não pode ser admitido numa democracia. Os tribunais carecem de agir com presteza para cortar na raiz tais abusos. O Dr. Goebbels e seus imitadores não devem ter acesso à propaganda partidária e, nesse sentido, é indispensável o acompanhamento e a fiscalização da Sociedade para que a Justiça eleitoral atue de forma límpida, imparcial e pronta, para evitar, inviabilizar e punir esse gênero de abusos.




        Censo da  Educação  Superior


        O Censo da Educação Superior de 2013, divulgado neste fim de semana, traz duas notícias. Aumentou a quantidade dos universitários, mas diminuiu na qualidade, eis que houve queda no número de graduados.

       Como O Globo sinalizou mais alunos, menos diplomas. Isto quer dizer que, se cresceu a quantidade total da universidade, menos alunos completaram o curso em relação a anos anteriores.

      A causa desse fenômeno não está esclarecida. Se decorre do abandono por parte dos universitários do curso de estudos, seja por motivos conjunturais, seja por razões de conhecimento, e portanto estruturais.

         Muitas vezes a facilitação do acesso à universidade, se pelo lado da entrada mostre uma vista promissora, esta mesma agilização do ingresso pode ter nela embutida a causa de processo de redução do escopo universitário, que é, em fim de contas, formar profissionais competentes na matéria.

         Em determinados países, a abertura da universidade aos estudantes sem a mediação de vestibular, bastando completar o curso secundário para ter acesso ao nível acadêmico, se a princípio incha o contingente de alunos que adentra a universidade, na realidade é faca de dois gumes. Com efeito, muitos desses novos ‘universitários’ na verdade não tem condições de acompanhar os cursos, por deficiência de conhecimentos básicos.

        Foi o que se verificou em países como a Guatemala e muitos outros, em que esse artifício – a alegada democratização do acesso universitário – não passa de embuste, eis que esse afluxo despreparado e sem nível de conhecimento que lhe habilite cursar muitas das disciplinas universitárias redunda em verdadeiro conto do vigário, e em breve o ‘universitário’ se verá compelido a abandonar um curso de estudos para os quais não dispõe de condições objetivas de conhecimento de absorver e, por conseguinte, progredir na escala acadêmica.

        Passado o momento da realização universitária, alcançada pela mágica do ingresso automático, o aluno na prática vira ouvinte para desinteressar-se de forma inexorável de um aprendizado que, na prática, lhe é negado.

 

( Fontes:  O  Globo,  VEJA )  

Nenhum comentário: