sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Novas do Front da Corrupção

                           

Lava-Jato: confissões de ex-diretor da Petrobrás


      O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que está preso no contexto da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, testemunhou haver recebido US$ 23 milhões de empreiteira, tão só para facilitar contatos com a estatal.

       Ainda segundo o delator, a vultosa soma fora depositada em 12 contas na Suíça. Os 23 milhões de dólares, bloqueados nas citadas doze contas, deverão ser repatriados ao Brasil, ao longo dos processos abertos a partir da de descobertas da Lava-Jato. A investigação em tela abrange, entre outros, as alegadas fraudes dos grupos de Paulo Costa e do doleiro Alberto Youssef.

       Por outro lado, Paulinho (como era chamado por altas autoridades) indicou haver igualmente ganho US$ 1,5 milhão em propina, unicamente para não atrapalhar o processo de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

       Assinale-se que a série de depoimentos de Costa  principiou em 29 de agosto e findou na semana passada.

        Os depoimentos foram criptografados e enviados ao Ministro Teori Zavascki, que é o relator da Lava-Jato no Supremo.  Na próxima semana, segundo se alvitra, o Ministro Zavascki deverá decidir se abre ou não inquérito contra os parlamentares acusados pelo ex-diretor. Consoante as revelações da revista Veja, há governadores e ex-governadores igualmente envolvidos.

          Num dos cem depoimentos que prestou, Costa revelou que em alguns casos 3%  dos lucros de cada contrato de empreiteiras com a Petrobrás eram desviados para intermediadores dos negócios e até para campanhas eleitorais.

          Paulo Roberto Costa foi diretor de Abastecimento da Petróleo Brasileiro S.A.  de 2004 a 2012, nos mandatos, portanto, de Lula da Silva e Dilma.

 
 
Youssef entra no Jogo  



           O doleiro Alberto Youssef, em primeira conversa com investigadores, após fazer o acordo da delação premiada, confessou haver feito caixa dois, movimentação não-declarada de dinheiro para o PP (Partido Progressista).

           Dando indicação de estar disposto a colaborar com a Justiça, Youssef, além dos nomes já delatados pelo ex-diretor Paulo Roberto, reportou-se igualmente a políticos, aparentemente não mencionados até agora no escândalo da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

           Youssef denunciou fraudes e indicou os supostos envolvidos na Petrobrás – e em outras áreas da Administração Pública – ao ensejo de acertar as cláusulas do acordo de delação premiada assinado com o Ministério Público Federal, nesta quarta-feira, 24 de setembro.

            Os depoimentos do doleiro se iniciarão  na próxima segunda, dia 29 de setembro.  O doleiro se teria visto forçado a participar do esquema da delação premiada, diante da postura de Paulo Costa e de pelo menos quatro outros cúmplices. Dentre os colaboradores, estão a contadora Meira Poza e o advogado Carlos Alberto Pereira, ex-administrador da GFD Investimentos, uma das principais empresas de Alberto Youssef.

 

( Fontes:  O  Globo,  VEJA )

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