segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Gols Invalidados e Pênaltis não Marcados

                                     
                                     
        Ao cabo do jogo em Vila Belmiro, o cronista Fernando Calazans, assim como  as não-firmadas ‘análises’ de O Globo sobre a atuação da equipe vascaína contra o Santos, demonstram  estranha severidade no que concerne ao CRVG.
        Calazans nos brinda com a pérola de que ‘não foi à toa que o Vasco não fez gol num jogo nem no outro’. Espera aí ! Diego Souza fez um belo gol de cabeça, invalidado pelo juiz goiano André Freitas Castro. Sua Senhoria entrou para a companhia do seu colega que no jogo contra o Figueirense, anulou dois, repito dois gols do Vasco, que apesar disso ainda conseguiu empatar.
       No jogo contra o Bahia, outro árbitro anulou outro gol, mas infelizmente não logrou obstaculizar a vítória do Vasco, embora tenha concedido  quatro excessivos minutos de prorrogação no segundo tempo. Quando extendeu a duração do jogo, o Bahia tentava empatar, mas infelizmente dessa feita o golpe saíu pela culatra, com o segundo gol vascaíno, marcado também por Diego Souza.
       Mas a cousa não para por aí. Na partida de ontem, a sinuosa descrição de O Globo assim se reporta ao pênalti não marcado pelo juiz: “ainda pediu pênalti em bola na mão  de Durval na área”.  Na verdade, a bola não foi na mão, mas no braço movido pelo jogador para impedir o passe a um atacante vascaíno na pequena área. Os próprios comentaristas da tevê Globo reconheceram a penalidade máxima, não aplicada pelo senhor Freitas Castro, que ignorou a gesticulação de Fagner.  
       Já o domínio territorial do Vasco foi ‘explicado’ pela Globo como decorrência do gol sofrido logo no início.
      No jogo contra o Internacional, no Beira Rio, houve outra tungagem explícita. O Inter vencia por um a zero, quando jogador vascaíno sofreu pênalti na área, que ficou muito claro na refilmagem. O incrível juiz – que sequer tem preparo físico para acompanhar um jogo do Brasileirão – além de não marcar o pênalti (estava a cerca de trinta metros do lance !) atreveu-se a dar cartão amarelo não para o infrator, mas para o jogador vascaíno, que seria culpado de ‘simulação’ ! É difícil descrever a revolta que a incompetência misturada com má-fé pode provocar.
       Por tudo isso, não estranha que os jogadores do Vasco reclamem bastante da arbitragem. Juninho Pernambuco resume o drama: “Um não. Esse é o quarto gol no campeonato do Vasco que é anulado. São oito pontos.”
        Senhor Presidente Roberto Dinamite,

        não acha que é mais do que hora de dar um basta neste esbulho ? Não se pode admitir que os gols sejam sistematica e cinicamente anulados, e tudo fique por isso mesmo. Nada fazer só pode ser atribuído a duas causas: ou um temor reverencial a esses carrascos, ou a convicção de que tudo não passa de má-sorte, de infeliz coincidência.  Acorde, senhor Dinamite !  Defenda a sua equipe, que está sendo roubada acintosamente !
        Faça uma advertência, um protesto, vá lá o que seja ! Mas não fique calado, como se tudo se tratasse de lamentáveis equívocos! A repetição de tais intervenções representa inegável ajuda aos nossos concorrentes, a começar pelo Corinthians. É  isso que o senhor quer ? Que se dê ao Vasco a honra de ter vergonhosamente negado o direito de concorrer lisamente, dentro do campo pelo campeonato brasileiro, graças ao apito dos senhores árbitros ?  
          Nem o Senhor, nem o Vasco devem acomodar-se e abaixar a cabeça diante de tal arbítrio.



(Fonte subsidiária: Caderno Esportes de O Globo )

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