quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Notícias (ruins) do Planalto

                                          

            A reeleição pode ser dádiva maldita. E no caso de Dilma II nada tem surgido no horizonte que desminta por ora esse vaticínio.

            Ontem, a mensagem de Gilberto Carvalho já transmitia avaliação negativa do Governo Dilma, mensagem que não se coaduna com o cargo de Secretário-Geral da Presidência. Falha a atuação da Administração  Dilma no que tange aos movimentos sociais ? 

            Para o representante de Lula no governo, Dilma não tem mantido as relações que o seu antecessor teve com os principais atores na economia e na política. Tampouco atendeu às demandas dos movimentos sociais.

            Hoje é a vez de Marta Suplicy. Surpreende o Planalto, ao formalizar o seu pedido de demissão quando a Presidenta está em viagem ao exterior. 

            Há quem interprete o gesto como o de quem não mais teria condições políticas  de permanecer no governo. Marta estaria isolada no PT, máxime depois de haver apoiado o “Volta, Lula”.

             Assim, Marta evita o desconforto de ter de pedir audiência para a Chefa. Entregando dessa forma, contorna a relação de subordinação.

             Por outro lado, a ex-Ministra faz críticas veladas à política econômica, deseja o “resgate da confiança e da credibilidade” do governo e... reclama do orçamento de sua Pasta.

             E na sua atitude, que evoca os antigos partas que surpreendiam os seus adversários ao lançarem dardos mortíferos  de o que parecia a princípio uma súbita debandada,  a Ministra não esperou que o Planalto como é praxe divulgasse a correspondência.  Uma vez protocolada a carta na Casa Civil, a (ex)ministra repassou o conteúdo  para colunista de “O Estado de São Paulo”, e, em sua página no Facebook, colocou o link para a matéria do jornal, confirmando a demissão.

            Escusado dizer que o procedimento não foi bem recebido em aras do Planalto.

 
 

Escapará o Brasil de ser rebaixado por Agência de Avaliação de Risco?

 
             Caminharemos na senda de Cristina Viúva de Kirchner, e a crescente situação periclitante da economia platina?

            Os sinais dados até o momento pelo novel Governo Dilma II só tem mandado para o mercado sinais de mais do mesmo, o que, trocado em miúdos, significa que aos operadores só resta apertar o cinto diante das turbulências que a dílmica gestão começa já a prometer.

            Os jornais voltam a falar de contabilidade criativa.  Não poderia ter sido pior a iniciativa de enviar ao Congresso projeto  que altera  a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de  2014 e permite que todas as despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e respectivas desonerações tributárias sejam abatidas da meta do superávit primário (que é poupança para o pagamento de juros da dívida pública). Na prática, portanto, a mudança desobriga o governo de fazer de qualquer esforço fiscal no corrente ano, eis que juntos tais gastos somam R$ 138 bilhões (R$ 54 milhões com PAC e R$ 84 bilhões com desonerações).

      

             De saída, o Governo Dilma II desmonta uma das pernas do tripé da política macroeconômica, que é justamente a realização de superávits primários. Com esse tipo de malabarismos, o governo já sinaliza que não fará qualquer esforço para pôr a casa em ordem.

 

 

(Fonte:  O  Globo)    

 

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