sábado, 22 de novembro de 2014

Notícias do Planalto

                

Levy para a Fazenda
 

     A confirmar-se a designação de Joaquim Levy, para a Fazenda, que agradou ao mercado (bolsa subiu e dólar caíu), e Nelson Barbosa, para o Planejamento, houve muxoxos no PT. O círculo de Aloizio Mercadante (Casa Civil) considera Levy próximo do PSDB e de Armínio Fraga (lembram-se? o ministro anunciado por Aécio Neves, que, por cometer a imprudência política de desvendar as próprias cartas, teve de padecer incontáveis questionamentos de Dilma quanto às maléficas intenções de Fraga, presidente do BC sob FHC...)

     Agora, reeleita a Presidenta, e mudado o quadro, as posições se alteram...

     O importante a determinar, além da coexistência da nova equipe, com as eventuais diretivas de Dilma Rousseff, e que tipo de Ministro será Levy.

     Corolário desse problema são os próximos da Presidenta, como Arno Augustin (Tesouro). Dadas as identificações com as práticas do Dilma (I), e a incidência do recurso à contabilidade criativa, resta verificar se o ungido terá carta branca na Fazenda.

 

A  influência  de   Lula

 

      Segundo noticia a imprensa, Dilma convidou os senadores Armando Monteiro (PTB-PE) para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Kátia Abreu (PMDB-TO), para o Ministério da Agricultura.

     Consoante se especula, o convite a Monteiro e Kátia atenderia a conselho do ex-Presidente Lula. Nesse sentido, Lula teria recomendado à Dilma que através dessa designação, retomasse o diálogo com o setor empresarial para  tentar impulsionar o crescimento da economia.

     Monteiro disputou o governo de Pernambuco, perdendo para o candidato do PSB, Paulo Câmara. Por sua vez, na eleição passada, Kátia e o ruralismo apoiaram Aécio Neves.

     Sem embargo, a seleção de Kátia teria provocado desconforto no PMDB, e na sua direção, por não ter sido ouvida nem cheirada. Será, por certo, mais uma tarefa para o Vice Michel Temer.

 


As Cerejas no Bolo

 

        Enfraquecido pelas denúncias de irregularidades – por ele negadas – Alberto Bendine tende a ser substituído no Banco do Brasil por Paulo Cafarelli, atual secretário executivo na Fazenda, e, portanto, integrante da equipe de Guido Mantega.

       Por sua vez, pelas credenciais petistas, o discreto Jorge Hereda – passada a confusão com as trapalhadas na Bolsa Família – deverá ser mantido na presidência da Caixa Econômica Federal. Ele se encaixaria no dílmico perfil de usar a Caixa para estimular a  economia do Brasil.

       Por fim,  a sorte de Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) pende na balança presidencial. Desde o comprovado gosto do Presidente Lula pelas chamadas capitalizações – e a sua dúbia capacidade de trazer mais fundos, além daqueles oriundos de ortodoxas fontes fiscais , que a participação do BNDES nessas operações vistas com desfavor pelo mercado – mas incentivadas por Dilma e seu círculo – ora coloca Coutinho em  delicada posição. Nesse quadro – e não será o primeiro – pagará Coutinho por erros alheios. A dúvida residiria na circunstância da implementação imediata da exoneração, ou se seria entregue aos cruéis caprichos de Tântalo, vale dizer, a uma  imprecisa segunda etapa.

 

( Fontes:  Folha de S. Paulo,  O  Globo )

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