Afinal, o presidente Sergio Mattarella concordou com o novo
gabinete italiano, encabeçado por um
professor de direito, com dúbias credenciais acadêmicas, Giuseppe Conte, que foi
re-indicado pelo Movimento Cinco Estrelas, de Luigi di Maio, de esquerda, que será Vice-Premiê e ministro do Trabalho,
enquanto Matteo Salvini, líder da Liga, de extrema direita, irá
assumir a Pasta do Interior, e também é Vice-Premiê.
Após três meses de impasse, e uma
minicrise com o presidente Mattarella que, a princípio negara a chancela ao
gabinete, por causa da indicação de Paolo
Savona, economista anti-euro, e que fora a primeira indicação de Giuseppe
Conte, e pré-indicara Carlo Cottarelli,
para encabeçar gabinete técnico interino,
Como dito acima, no entanto, essa
mini-crise foi superada com a indicação de Giovanni Tria, professor de economia
em universidade de Roma, para o
Ministério das Finanças. Apesar de crítico da União Europeia, Tria não defende
o abandono do Euro, e é defensor da simplificação da burocracia, o que agrada à
Liga.
Com o desacordo da coligação M5S
e da Liga, um gabinete técnico presidido
por Cottarelli, tinha escassas possibilidades de aceitação, e, dessarte, o
economista Cottarelli não tardou em apresentar a própria renúncia ao mandato que recebera do
Presidente Mattarella.
Por conseguinte, Conte foi confirmado, e Savona - que
provocara a mini-crise - foi mantido no gabinete. Assim, o economista anti-euro irá comandar a pasta das relações européias,
designação de menor importância, mas que ainda permite que Savona tenha voz em
questões relacionadas à U.E.
As expectativas do mercado sobre as
perspectivas desse Gabinete de Giuseppe Conte, ladeado pelos dois chefes
políticos Luigi di Maio e Matteo Salvini
(ambos vice-primeiro-ministros), não são exatamente de grande otimismo.
O advogado tem maiores ligações
com as Cinco Estrelas de Luigi di Maio, e
é aceitável para a Liga. Por não ter força política própria em comparação com
os dois chefes políticos que o ladeiam, terá sido proposto pelo M5S e aceito pela Liga.
(
Fonte: Folha de S. Paulo)
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