Submetida
a virtual censura do quase-silêncio da imprensa e da mídia em geral, a luta do
Povo nicaraguense para libertar-se da ditadura sandinista prossegue, com a
aturada pertinácia de grandes e pequenas causas.
Essa batalha reponta com mais oito
mortos, neste fim de semana, na capital Manágua, em que pobreza e miséria
convivem, por vezes, com a opulência do poder.
Há dois meses se entranha e estende esse
estranho combate em Centro-America, ainda que meio sufocado por essa bizarra
meio-indiferença da grande mídia nacional e internacional.
Sob muitos aspectos, se tem a
impressão de que na pobreza, por vezes miséria, da terra do grande Rubén Darío,
se livra luta sem quartel, com episódios por vezes dantescos, que só se
lograria decifrar se alguém acolhesse sinistros convites, como o das mortes do
fim de semana, que incluem o incêndio de uma casa, quem sabe senhorial, ateado
por homens mascarados, com a sua sinistra quota de seis vítimas abatidas em uma
só família.
Entrementes, perdura e persiste a ditadura
do Sandinismo, sob o señor presidente
Daniel Ortega, a quem hoje se acusa de
corrupção e abuso de poder, e que no passado luzira com a por vezes
incongruente esperança que sói visitar e acompanhar a tais regimes, a que o Tempo, rei da História, devagar
vai manchando e amiúde denegrindo.
( Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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