Criança ainda, em 1950, assisti no Maracanã, repleto de andaimes, com meu tio Toninho, a partida entre o Brasil e a Iugoslávia, que
era a "antepassada" da atual Sérvia, embora tivesse potencial humano
bem superior, pois congregava também a Croácia e se não me engano, o Montenegro.
E
não é que aquele jogo terminou também com Brasil dois a zero sobre o time
iugoslavo? O primeiro gol foi de Ademir,
de sem pulo, que vi muito bem da arquibancada, mas o segundo não sei nem quem
marcou, pois foi no segundo tempo, e o meu tio decidiu sair no intervalo do
primeiro tempo, para a compreensível irritação do seu sobrinho, que não viu
razão porque sair antes do tempo...
Senti evolução em nosso time, que soube controlar já no primeiro tempo,
as bolas altas na área, que muitos temiam pela maior altura dos sérvios.
Vejo o futebol de Coutinho com grande prazer. Além do gol que marcou na
primeira partida, um espetáculo de feitura técnica, Coutinho tem sido a grande surpresa
desta Copa, não só pela qualidade técnica, mas sobretudo pela sua presença
maior na seleção, enfiando bolas de tirar o chapéu. Coutinho é, por ora, a
grande surpresa do esquadrão verde-amarelo.
Neymar, havido como o craque do escrete,
não me parece ter por ora a relevância de Coutinho. Mas sendo Neymar, qualquer previsão que se aventure além dessa
fase, corre o risco de ser desmentida pelo brilho do camisa dez da seleção.
A
atuação de hoje sem oba-oba nos recordou a toada do Campeão voltou... Mas aí é que mora o perigo. A máscara
germânica se partiu e ei-los de volta para as margens do Reno. Temos de ficar
de olho na turma uruguaia, porque estão indo muito bem.
Lenços brancos e lágrimas de crocodilo para o scratch alemão, que chegou
pensando abafar, e deu no que deu...
(
Fonte: Rede Globo )
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