Parece humor negro. Em viagem pelo Oriente Médio, Jared
Kushner, genro do presidente Donald Trump, fala à imprensa. Em
entrevista ao jornal palestino Al Quds,
o também conselheiro do presidente Trump, reafirmou a vontade estadunidense de
relançar o processo de paz, com ou sem os
palestinos.
Nesse sentido, Kushner questionou a
vontade do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, de fazer concessões para um acordo de paz com
Israel.
E na mesma linha de não-diplomacia, Kushner reafirma a
vontade dos Estados Unidos de relançarem o processo de paz, sempre com ou sem os palestinos. Note-se, por
oportuno, que o presidente Trump deixou a cargo de Kushner a formulação de um
plano de paz para alcançar um acordo entre Israel e os palestinos (sic).
Ao completar cinquenta anos de
diplomacia já faz algum tempo, nunca tive a oportunidade de encontrar alguém do
nível e da abertura de Kushner...
Anuncia a vontade da superpotência de
relançar o processo de paz, com ou sem os palestinos. De saída, portanto,
Kushner preconiza um acordo de paz de que os representantes palestinos não
precisam, na verdade, participar...
Por outro lado, além dessa brilhante
fórmula de iniciar negociação de um acordo - do qual uma das partes não carece
participar - Kushner para completar o clima que presidiria a tal "tratado",
ele questiona a vontade do Presidente Abbas de fazer concessões a Israel...
Nesse ponto, creio que Kushner não
está assim tão fora do compasso. Pois nessa matéria, com a sucessão de abusos e
privação de direitos de que sofre a Palestina, as concessões e muitas cabem a
Israel, se o gabinete Netanyahu tem realmente algum interesse em criar
atmosfera conducente à Paz (assim,
com p maiúsculo).
(Fonte:
O Estado de S. Paulo )
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