O Presidente Vladimir Putin recebeu em Moscou o
Assessor de Trump, de Segurança Nacional, John Bolton, que no passado, mesmo em
Administrações do GOP, nunca ocupara posições de relevo.
Nesse sentido, para preparar uma
reunião entre os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos, Bolton
entrevistou-se com o seu homólogo do Kremlin, Yuri Ushakov.
Este último disse que a
"reunião será realizada em um terceiro país. Muito prático tanto para a
Rússia, quanto para os Estados Unidos da América."
Paradoxalmente, a despeito dos
laços inegáveis entre Donald Trump e Vladimir Putin, as relações entre as duas
potências estão tensas por causa da guerra na Síria, a crise ucraniana e
acusações de interferência russa na eleição americana de 2016.
Por isso, a despeito da proximidade
pessoal dos dois líderes, o presidente russo lamenta que "infelizmente as
relações russo-americanas não estão em seu melhor nível" e considera que
"é em grande parte o resultado da dura luta política interna nos Estados
Unidos"(sic). Ainda na mesma
linha, gospodin Putin acrescenta:
"A Rússia nunca quis o confronto", e acrescentou que quer restaurar
"relações plenas, com base na igualdade e no respeito mútuo".
A esse respeito,
respondeu o Assessor Bolton: "Espero que possamos, como nas negociações
com seus colegas, discutir a possibilidade de melhorar a cooperação entre a
Rússia e os Estados Unidos". E aduziu: "No passado, quando nossos
países tinham suas diferenças, nossos líderes e seus conselheiros se reuniam e
creio que será benefício para ambos os países e para a estabilidade
mundial".
Putin, que
é atualmente o anfitrião da Copa do Mundo de futebol, congratulou os Estados
Unidos por terem conseguido, juntamente com México e Canadá, a organização da
competição de 2026. Nesse contexto, prometeu compartilhar a experiência havida
com a Copa com os três países.
A cúpula entre Putin e Trump
poderá incluir, segundo Ushakov, uma reunião, almoço de trabalho, entrevista coletiva conjunta e publicação de "declaração comum que
possa indicar as próximas fases para melhorar as relações bilaterais".
Parece óbvio que o
encontro em tela será acompanhado detidamente, máxime no que concerne às
acusações de interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 , algo
que Moscou nega.
A reunião de cúpula em apreço será realizada em um terceiro país. Ainda
não foi determinada a referida localização, sendo citadas Bruxelas, Helsinque e
Viena como possíveis locais para a aludida
cimeira.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário