Muita vez a sorte é madrasta com os
favoritos. Desta feita, aconteceu com a Alemanha, que chegara à Copa do Mundo
com esse dúbio status, que é
consequência do retrospecto e da resultante fama.
Que tal é enganoso, não há exemplo mais
escrachante do que o 7 a 1, aplicado nas Minas Gerais pela seleção de Joachim
Loew ao scratch do Brasil.
Recordo-me da expressão petrificada do
técnico Felipão, à medida que os gols se íam amontoando contra o Brasil. Naquela oportunidade, a Alemanha aplicou a mesma tática que esmagara a equipe portuguesa. Vagas
sucessivas de jogadores se despejam na grande área, e se cria sensação
falsa, mas inelutável de que força mais alta e irresistível se alevanta.
Nada como um dia depois do outro, de
preferência com anos de permeio.
Designada como a grande favorita da
Copa da Rússia, lá está a esperá-la a seleção do México, que não exibe
decerto um passado de campeonatos mundiais vencidos pelos defensores do auriverde pendão, mas que
primam pela garra, disposição e habilidade.
Nessa corrida de resistência, que é a
Copa, os astecas superaram os guerreiros germânicos, para surpresa de não
poucos. E aquele um a zero seria o aviso de que algo não ía tão bem nas fileiras
do esquadrão temível da Copa do Brasil.
As
grandes derrotas terminam em geral em cabulosos espetáculos, como foi a
patética derrocada do esquadrão do mesmo Herr Mueller diante da modesta Coreia
do Sul, por dois a zero.
Ao contrário da empáfia, o melhor
suporte de uma equipe será o respeito pelo adversário e o empenho na luta
neste traiçoeiro esporte bretão.
Ainda não está escrito quem será o
vencedor da Copa da Rússia.
O já ganhou, mais do que adversário,
é o mais insidioso algoz das grandes equipes.
Que continuemos a batalhar,
amparados na mestria, mas também na seriedade de nossa equipe, na esperança que
de que a volúvel deusa Túxe nos ajude, dentro
de toda a sua própria imprevisibilidade.
Não há já ganhou, no velho football
association. Escarmentados pelo Maracanã
de dezesseis de julho de 1950, para nós cabe continuar acreditando, sem nunca
desmerecer dos adversários. Pois aí, no temível já ganhou, é que mora o perigo!
Entrementes, bola pra frente, e que Deus esteja com a gente!
( Fontes: Rede Globo e a vivida experiência. )
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