Com a sua próxima saída da Presidência
do Supremo, depois de uma digna e respeitável gestão, a Ministra Cármen Lúcia
volta ao lugar reservado aos demais juízes.
Será, no entanto, importante determinar em que turma deverá ela ingressar.
Seria de todo interesse que Cármen
Lúcia assumisse o posto de Dias Toffoli na Segunda Turma. Como ela já lá esteve,
semelha muito provável que volte para a Segunda Turma, onde a sua presença é de
todo necessária, imprescindível mesmo.
Essa turma, com a presença de Ricardo
Lewandowski e Gilmar Mendes (além do citado Toffoli) já explica as numerosas
derrotas infligidas à Lava Jato, e por conseguinte a seu Relator, o Ministro
Edson Fachin.
É uma pena que um profissional do Direito,
da seriedade do Ministro Fachin, tenha as suas posições refutadas pela
'maioria' na Segunda Turma. A última 'derrota' sofrida pelo ministro encarregado
da pasta da Lava Jato - tão cara ao Povo brasileiro - na verdade, é apenas um
sintoma da crise da Lava Jato, em
votos negativos às teses defendidas pela maioria popular que foram aplicados
por Ministros próximos ao PT como Lewandowski e Dias Toffoli. Já Gilmar Mendes,
se tem arrostado juízos desfavoráveis,
manifestado até nas ruas de Lisboa, tem posição variável no que tange ao PT e
seus representantes.
Com a elevação de Dias Toffoli para a
presidência, enfrenta Sua Excelência uma árdua prova, no inevitável e
inelutável cotejo e, por conseguinte, comparação com a brilhante e digna presença
de Cármen Lúcia na Presidência do Supremo Tribunal Federal, em que sempre se
mostrou muito afinada e consciente no que tange ao sentir do Povo Brasileiro,
que não está apenas no Preâmbulo da Constituição da República Federativa do
Brasil.
Que se vá sentir falta da Ministra
Cármen Lúcia, enquanto Presidente, semelha difícil de evitar. Se, no entanto,
Dias Tóffoli se mostrar à altura da antecessora, não se lhe negará decerto o
cumprimento.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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