Contas de Dilma. Técnicos
do TSE encaminham a Gilmar Mendes relatório pedindo a rejeição das contas da
campanha de Dilma. O Vice-presidente do TSE vê também “fortes indícios” de
doação acima do limite legal por pelo menos cinco empresas
Petrobrás é processada por fraude nos EUA. Escritório de
advocacia americano entrou com ação coletiva em nome de investidores, que
compraram recibos – que representam ações da Petrobrás e são listados na Bolsa nova-iorquina.
A ação alega que a estatal ‘superfaturou o valor de propriedades e equipamentos
em seu balanço, inflou o valor dos contratos de construção’ e não revelou uma
‘cultura de corrupção’ na empresa. Junto com a queda nas cotações do petróleo
(caíu a US$ 63,05 o barril). Também despencaram as ações preferenciais da
Petrobrás (6,38%) e as ordinárias (6,2%).
Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, vê
assalto à Petrobrás e defende
troca de atuais diretores. Por
sua vez, o Ministro Cardozo, da Justiça não vê razão para substituir
diretores e chega a elogiar Graça Foster...
Jorge Hage, o Ministro da CGU, disse ser necessário que as
estatais, como a Petrobrás, passem pelo controle interno do Poder Executivo.
Hage está no cargo desde junho de 2006. Após dizer que apresentou a carta de
exoneração para o próximo mandato, acrescentou que a sua pretensão é não ter a
nomeação renovada. A conferir.
Pelé sai hoje do Hospital Albert Einstein. Ele está internado desde 24 de novembro,
quando foi detectada a infecção urinária. O estado de saúde piorou
consideravelmente com o passar da semana, o que obrigou a sua transferência
para a UTI. Na quinta-feira, 27, no momento mais difícil da internação, o seu
estado foi classificado como grave, mas não critico. O maior jogador nacional e
mundial teve de submeter-se à hemodiálise de seu único rim na sexta 28. No
entanto, com o auxílio de antibióticos poderosos, ele pôde afinal dispensar o
auxílio dos aparelhos. É com alegria que se deseja muita saúde ao grande Pelé –
a crise renal pela qual passou mobilizou inúmeros jornalistas de diversos
países, assim como as comunicações de milhares de fãs pelas redes sociais.
Termina em surdina a Comissão Nacional da Verdade. Amanhã, dia
mundial dos Direitos Humanos, parecia assegurar um encerramento com a mesma
ênfase que presidira à instalação da Comissão, em maio de 2012. A abertura foi em audiência pública, com a
presença de todos os ministros e dos três comandantes militares. O que começou
com um rugido, termina com um sussurro, eis que os seis integrantes da Comissão
– José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio
Pinheiro, Pedro Dallari e Rosa Cardoso – serão recebidos em audiência fechada,
às 9 horas da manhã. Nessa oportunidade, deverá ser entregue o relatório de
dois anos e sete meses de trabalho com as apurações sobre graves violações de
direitos humanos praticadas entre 1946 e 1988, com foco maior no período da
ditadura militar, a partir de 1964. Dada a brutal diferença entre a inauguração
– com a presença de quatro ex-presidentes e toda a nata do governo Dilma I – e
o discreto encerramento, a narrativa do trabalho da Comissão e de seu
significado deverá ser esmiuçado no futuro. Parece, desde já, oportuno que a
comissão e a OAB realize na corrente tarde um encontro com vítimas da repressão
e representantes das comissões de verdade estaduais. O circuito oficial
incluirá visitas a Câmara, Senado e STF.
Uruguai acolhe seis detentos da Prisão de Guantánamo. Em acordo
que surpreendeu o mundo, o governo uruguaio aceitou acolher um grupo de seis
presos da prisão de Guantánamo – que, como é notório, está sob administração
estadunidense. Já chegaram ao Uruguai quatro sírios (inclusive Jihad Diyab, que
estava em greve de fome desde 2013 (achava-se submetido à alimentação forçada),
um tunisiano e um palestino. Segundo o
Ministro da Defesa, Eleutério Fernandez Huidobro, os ex-detentos só não
estão ‘caminhando como qualquer pessoa’
pelas ruas, por realizarem exames médicos.
O Ministro
estimulou outros países a imitarem o exemplo uruguaio. Não obstante, segundo a consultoria Cifra, 58% da população uruguaia são
contra a sua acolhida pela República Oriental.
Até o
momento, não há maiores detalhes da negociação entre Washington e Montevidéu,
nem da eventual participação do Presidente uruguaio, Pepe Mujica.
Malgrado
o destaque atribuído pela imprensa internacional ao recebimento de seis
ex-detentos pelo Uruguai, inúmeros países têm recebido presos de Guantanamo,
mas somente dois (Albânia e Eslováquia) o fizeram em número superior ao do
Uruguai. Geórgia e Paulau também recebem seis, as Bermudas 4 e a Espanha e
Suiça, três. Por outro lado, já na faixa simbólica, entre outros, Alemanha,
França e Portugal dois, e por fim, um de Bélgica, Bulgária, Hungria e Letônia.
Da América Latina, El Salvador (2) e da Africa, Cabo Verde (1). Por sua vez, o Qatar aceita cinco provisoriamente por um ano.
Fechamento de Guantanamo: a
Promessa de Obama
A
administração Obama tem feito o possível para fechar a prisão de Guantánamo, e
assim cumprir a promessa do 44º Presidente americano, quando no início de seu
primeiro mandato. Então – em 2009 e 2010 – Câmara e Senado estavam sob o
domínio democrata. Depois da tunda da
eleição intermediária de 2010, a Câmara de Representantes ficou sob o controle
do GOP, e assim permanece por motivos sobejamente conhecidos, mesmo ao ensejo
da reeleição de Obama em 2012. Agora, com o Senado com maioria republicana, a
única saída para esvaziar Guantánamo seria pelo método conta-gotas que o
Presidente vem tentando. A esperança está em que fiquem poucos detentos –
aqueles mais perigosos – o que poderia reforçar a mão de Obama na negociação
com o GOP, que afinal concordaria em que o remanescente fosse julgado em solo
americano para agilizar a solução. Dada a desaparição do bipartidismo no atual
cenário do Capitólio, a negociação não seria fácil. Contudo, se o Presidente
lograr reduzir bastante o número de presos, a pressão sobre os republicanos
seria mais forte e aumentariam as possibilidades de acordo para o fechamento da
prisão. Provável, por enquanto, não é, mas poderá afinal tornar-se possível. A
verificar.
(Fontes: Estado de S.
Paulo, O Globo, Folha de S. Paulo, Site de O Globo)
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