domingo, 16 de novembro de 2014

Últimas do Encontro de Brisbane


                     

         O cenho carregado do Presidente Vladimir Putin esteve presente na reunião do G-20, na Austrália. Como se sabe, pelo seu desrespeito ao direito internacional, a Federação Russa já fora afastada do G-8.

         Não se pode determinar se a catadura de gospodin Putin seja reflexo de o que um antigo colega chamaria de plástica malsucedida, ou se espelharia o desconforto de ter de colher os efeitos de ambiente hostil do Ocidente, por força da atitude desrespeitosa da paz e, em especial, da soberania da Ucrânia.

         Em verdade, o comportamento de Putin, e o seu desrespeito do direito das gentes, o transforma em  vilão internacional, tratado às vezes como se fora um pária e não o líder de país, membro permanente do Conselho de Segurança. Por isso, não vem recebendo as atenções devidas ao presidente de potência regional (como o designou, em passado recente, com certo menoscabo, Barack Obama).

         Não sei se Vladimir Vladimirovich Putin pensará com os seus botões se lhe aproveita esse novo papel que, notadamente, por sua descarada intervenção na Ucrânia, o obriga a arrostar gélidas reuniões com os interlocutores na cena internacional.

         Dessarte, para o Senhor do Kremlin, não deixarão lembranças agradáveis as reuniões com o Primeiro-Ministro David Cameron (Reino Unido), o Premier do Canadá, Stephen Harper, além das reuniões com Matteo Renzi (Presidente do Conselho da Itália), Herman van Rompuy (presidente do Conselho da U.E.), e François Hollande, da França. Van Rompuy solicitou que Moscou  interrompa  o envio de armamentos e soldados e pressione os rebeldes a aceitarem o cessar-fogo. Segundo o dirigente comunitário, os chanceleres se reunirão a 17 do corrente para estudar a aplicação de novas sanções.

          Com Cameron, depois de aperto de mãos, em reunião tensa de 50 minutos, o Primeiro Ministro inglês relembrou “a necessidade de respeitar acordos que preveem o cessar-fogo de ambas as partes”.  Já o canadense Harper lhe disse: ‘vou apertar a sua mão, mas eu só tenho uma coisa a lhe dizer: você deve sair da Ucrânia”.

           Na rápida reunião com o presidente francês, falando na frente das câmeras, foi evitada menção da prevista entrega dos navios de guerra da França a Moscou.

           Por sua vez, Obama foi além, ao frisar que a agressão da Rússia  é uma ameaça para o mundo, reportando-se à queda do voo  MH-17 da Malaysian Airlines, provocada por míssil lançado de área dominada por separatistas. Em outro contexto, Barack Obama reportou-se às tentativas de intimidação (bullying) de parte da China, no que tange os limites marítimos de seus vizinhos no Pacífico.

          Em desenvolvimento incomum e pouco consentâneo com a atmosfera do século XXI, o Ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, declarou que pretende enviar bombardeios de longo alcance para o Golfo do México.

          Por último, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, determinou que sejam retirados todos os serviços públicos das regiões controladas pelos separatistas no Leste da Ucrânia.

 
 
 ( Fontes:  CNN e O Globo )

Nenhum comentário: