O cenho carregado do Presidente
Vladimir Putin esteve presente na reunião do G-20, na Austrália. Como se sabe,
pelo seu desrespeito ao direito internacional, a Federação Russa já fora
afastada do G-8.
Não se pode
determinar se a catadura de gospodin
Putin seja reflexo de o que um antigo colega chamaria de plástica malsucedida,
ou se espelharia o desconforto de ter de colher os efeitos de ambiente hostil
do Ocidente, por força da atitude desrespeitosa da paz e, em especial, da
soberania da Ucrânia.
Em verdade, o
comportamento de Putin, e o seu desrespeito do direito das gentes, o transforma
em vilão internacional, tratado às vezes
como se fora um pária e não o líder de país, membro permanente do Conselho de
Segurança. Por isso, não vem recebendo as atenções devidas ao presidente de
potência regional (como o designou, em passado recente, com certo menoscabo,
Barack Obama).
Não sei se Vladimir Vladimirovich Putin
pensará com os seus botões se lhe aproveita esse novo papel que, notadamente,
por sua descarada intervenção na Ucrânia, o obriga a arrostar gélidas reuniões
com os interlocutores na cena internacional.
Dessarte,
para o Senhor do Kremlin, não deixarão lembranças agradáveis as reuniões com o
Primeiro-Ministro David Cameron (Reino Unido), o Premier do Canadá, Stephen
Harper, além das reuniões com Matteo Renzi (Presidente do Conselho da Itália),
Herman van Rompuy (presidente do Conselho da U.E.), e François Hollande, da
França. Van Rompuy solicitou que Moscou
interrompa o envio de armamentos
e soldados e pressione os rebeldes a aceitarem o cessar-fogo. Segundo o
dirigente comunitário, os chanceleres se reunirão a 17 do corrente para estudar
a aplicação de novas sanções.
Com Cameron,
depois de aperto de mãos, em reunião tensa de 50 minutos, o Primeiro Ministro
inglês relembrou “a necessidade de respeitar acordos que preveem o cessar-fogo
de ambas as partes”. Já o canadense
Harper lhe disse: ‘vou apertar a sua mão, mas eu só tenho uma coisa a lhe
dizer: você deve sair da Ucrânia”.
Na rápida
reunião com o presidente francês, falando na frente das câmeras, foi evitada
menção da prevista entrega dos navios de guerra da França a Moscou.
Por sua
vez, Obama foi além, ao frisar que a agressão da Rússia é uma ameaça para o mundo, reportando-se à
queda do voo MH-17 da Malaysian
Airlines, provocada por míssil lançado de área dominada por separatistas. Em
outro contexto, Barack Obama reportou-se às tentativas de intimidação (bullying) de parte da China, no que
tange os limites marítimos de seus vizinhos no Pacífico.
Em
desenvolvimento incomum e pouco consentâneo com a atmosfera do século XXI, o
Ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, declarou que pretende enviar
bombardeios de longo alcance para o Golfo do México.
Por último,
o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, determinou que sejam retirados todos
os serviços públicos das regiões controladas pelos separatistas no Leste da Ucrânia.
( Fontes:
CNN e O Globo )
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