Represamento pelo IPEA
Dentro de uma série de dados que foram represados, o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada) ora confirma a interrupção do processo de redução da miséria no Brasil.
De acordo com as informações, o
número de miseráveis cresceu de 10,08 milhões, em 2012, para 10,45
milhões, em 2013.
Como isso se chocava com a
propaganda oficial de D. Dilma, tal informação não foi
disponibilizada para conhecimento do eleitorado, eis que discrepava do otimismo
oficial.
Para a ministra do Desenvolvimento
Social, Tereza Campello, não é
possível afirmar que cresceu a extrema pobreza e sim, que houve “flutuação
estatística”.
Para analistas, no entanto, o crescimento
menor da economia e a inflação explicam a alta da extrema pobreza.
O novo tom da oposição
Assumindo a tribuna da oposição no Senado, com o
respaldo de cinquenta e um milhões de brasileiros, não surpreende que Aécio
Neves tenha sido ouvido com deferência pelos demais senadores.
Em sua alocução, o novo líder da oposição declarou: “na
campanha, eles diziam que elevar os juros era tirar comida do prato dos pobres.
Pois bem, foi o que ela fez logo que se elegeu. O governo escondeu o rombo das
contas públicas o quanto pôde, escondeu reiteradamente que havia necessidade de
ajustes e agora antecipa que eles serão duríssimos no ano que vem, em um país que já não cresce.
A candidata oficial também negou reajuste de tarifas públicas, e ela já está
fazendo aquilo que disse que não faria. Na próxima semana já teremos aumento da
gasolina e também da energia.”
A reação dos situacionistas
Em meio a profusos elogios e apartes favoráveis - inclusive do Presidente do Senado, Renan Calheiros – coube ao líder do PT,
Senador Humberto Costa, a tarefa de tentar contraditar Aécio Neves.
Foi o único a ocupar o microfone em
tom crítico, tendo sido inclusive interrompido por pesada vaia.
O Sr. Humberto Costa chegou mesmo a
declarar: “No Brasil, talvez apenas Getúlio Vargas e João Goulart tenham sido
submetidos ao cerco a que essa mulher foi submetida ao longo desses quatro
anos. Pela oposição, que é seu papel; pela mídia, a quem não caberia fazer, e
também por muitos outros.”
A
hipérbole pode ser o refúgio dos oradores com árdua missão, mas para tudo há um
limite, e a comparação com o que enfrentaram Getúlio Vargas e João
Goulart foge no seu absurdo a qualquer parâmetro válido.
Por fim, o petista – em fim de
mandato – Eduardo Suplicy (SP) também
aparteou Aécio, mas para se colocar como um interlocutor em possível diálogo
com a presidente Dilma e o governo.
Quanto às perspectivas de tais bons
ofícios, semelham assaz questionáveis. E
quiçá tal já seja inteligível pelo conteúdo de seu aparte: ‘Podemos discordar,
em alguns momentos, da sua fala, mas muitos dos seus objetivos são comuns a nós: a defesa da transparência,
da liberdade, da democracia, o combate à corrupção’.
Com efeito, Suplicy tem traços
trágicos de retidão e lisura, o que parece condená-lo ao isolamento no panorama
do petismo paulista.
( Fontes:
O Globo, Folha de S. Paulo )
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