terça-feira, 18 de novembro de 2014

A Diplomacia, segundo Dilma Rousseff

                                

        O Globo de ontem, dezessete de novembro, estampou a seguinte notícia: “ DILMA: BRASIL NÃO VAI ADOTAR POSIÇÃO SOBRE O CASO DA UCRÂNIA”

         E como subtítulo – Presidente considera a questão assunto interno e evita envolvimento.

          A matéria da enviada especial, Deborah Berlinck, sublinha o isolamento do presidente russo, Vladimir Putin. Nas palavras da jornalista, “o isolamento de Putin (no encontro do G-20) era tal que quando o presidente russo se sentou numa mesa de sete lugares para o churrasco oferecido aos líderes, só uma pessoa estava na sua frente e, aparentemente, sem muita conversa: Dilma.”

         Ao ser relembrada por jornalista que o Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia havia cobrado apoio e posição mais clara em relação ao que acontece no Leste do país, onde rebeldes apoiados por russos estão se rebelando contra o governo, ela reagiu, interrompendo a pergunta: Que apoio ele pede ?

         Segundo Dilma Rousseff o Brasil não tem posição em relação à Ucrânia.

         E acrescentou: “O Brasil, no caso da Ucrânia, nunca definiu uma posição. Nunca nos manifestamos, e evitamos, sistematicamente, nos envolver em assuntos internos. Não é do interesse do governo brasileiro se manifestar  a respeito de qualquer problema dentro da Ucrânia”.

         A matéria acima – que não foi contestada, nem desmentida pela autoridade competente – não merece decerto comentários.  A única pergunta que fica no ar é se por acaso continua de pé a candidatura do Brasil a assento permanente no Conselho de Segurança, campanha iniciada pelo antecessor da atual Presidente (com a abertura de missões em todos os países-membros das Nações Unidas).

          Pois, forçoso semelha admitir, que com tal postura negacionista, o Brasil dará a impressão de  não ter  mais posição em termos de Direito Internacional Público.  

 

 ( Fonte:  O  Globo )

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