A presidência Obama
Não são nada boas as
notícias das eleições intermediárias para o 44º presidente dos Estados Unidos.
Bill Clinton no passado teve de
enfrentar um Congresso republicano. Se não fosse popular com o eleitorado,
dificilmente teria escapado do impeachment,
que lhe fora armado pelo GOP.
Desta feita, a última eleição
intermediária do segundo mandato de Obama, segundo todas as aparências, nada de
bom semelha indicar para as bancadas democratas no Senado e, oh! surpresa,
igualmente na Câmara, neste último caso, por motivos sobejamente conhecidos.
Consoante as notícias, os candidatos
republicanos ao Senado em Arkansas, Virgínia Ocidental, Montana, Dakota do Sul,
Colorado, Carolina do Norte e Iowa já teriam garantido os respectivos assentos.
O vento parece assim ter levado a antiga
maioria democrata na Câmara Alta.
Quanto aos domínios de John Boehner, a
Casa de Representantes continua com a sua maioria republicana: as bancadas
estariam divididas entre 234 para o GOP e 201
para os democratas.
Dadas as condições prevalentes quanto à
Câmara baixa – de que já tratei em artigos passados – tal não causa nenhuma
surpresa.
Dirceu já em prisão domiciliar
Na fisionomia as marcas do
processo do Mensalão e de sua condenação a sete anos e onze meses de prisão –
por determinação do Relator do processo e então Presidente Joaquim Barbosa, com
a anuência do colegiado – José Dirceu ficou preso na Papuda há pouco menos de
um ano.
Como se sabe, no Brasil as penas
impostas nas condenações, como a água no deserto, tendem a evaporar-se rápido.
Foi o que ocorreu com o ex-Chefe da Casa Civil de Lula da Silva. Dirceu tivera muito poder durante a sua
chefia da Casa Civil (de 2003 a 2005), a tal ponto que no seu discurso de
despedida não se pejou de referir-se ao ‘seu governo’ (no Planalto).
Agora, Dirceu poderá circular em
Brasília e trabalhar na sua consultoria. Consoante as regras, terá de dormir em
casa e não poderá ir a bares.
A conferir.
O Carrossel da Ação Penal 470
José Dirceu foi o sexto condenado no processo
do Mensalão a ser beneficiado com a mudança no regime da pena.
Os próximos dias prenunciam
autorização de regime aberto de prisão para os seguintes condenados pelo
Supremo liderado pelo Ministro Joaquim Barbosa:
agora será a vez do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha
(PT-SP) e o ex-presidente do PR (antes, PL) Valdemar Costa Neto.
Outros que estão na fila, a esperar
pelas benesses da chamada progressão de regime, são o ex-presidente do PP Pedro
Corrêa (condenado no papel a sete anos e dois meses) e o advogado Rogério
Tolentino (condenado a seis anos e dois meses).
A Justificativa de negação da extradição
de Pizzolato
O abandono das prisões brasileiras é um segredo de
Polichinelo. Se o próprio Ministro da Justiça do regime petista, José Eduardo
Cardozo, declarou preferir a morte a ser condenado a servir prisão em cárcere
brasileiro, não há de surpreender tanto assim que a Corte de Apelação de
Bolonha assevere que o país não apresentou garantias suficientes dos direitos
fundamentais de Henrique Pizzolato (ex-diretor petista do Banco do Brasil)
diante do “fenômeno alarmante da falta de segurança e de ordem nas
penitenciárias brasileiras”.
No acórdão, os juízes mencionaram
duas mortes ocorridas na Papuda – “tais
eventos, citados pela defesa de Pizzolato, não foram contestados pelo Brasil”.
Um ministro do Supremo mencionou as
condições ‘animalescas’ que prevalecem em muitos dos estabelecimentos penais no
Brasil.
Não são apenas os presídios do
Maranhão e de Porto Alegre a constarem desse lamentável registro.
Com os repetidos contingenciamentos
de dotações para a renovação das prisões, essa situação não deveria surpreender
a ninguém – e muito menos às principais autoridades no Ramo.
( Fontes: CNN, The New York
Times, Folha de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário