Levy para a Fazenda
A confirmar-se a
designação de Joaquim Levy, para a Fazenda, que agradou ao mercado (bolsa subiu
e dólar caíu), e Nelson Barbosa, para o Planejamento, houve muxoxos no PT. O
círculo de Aloizio Mercadante (Casa Civil) considera Levy próximo do PSDB e de
Armínio Fraga (lembram-se? o ministro anunciado por Aécio Neves, que, por
cometer a imprudência política de desvendar as próprias cartas, teve de padecer
incontáveis questionamentos de Dilma quanto às maléficas intenções de Fraga,
presidente do BC sob FHC...)
Agora, reeleita a
Presidenta, e mudado o quadro, as posições se alteram...
O importante a
determinar, além da coexistência da nova equipe, com as eventuais diretivas de
Dilma Rousseff, e que tipo de Ministro será Levy.
Corolário desse
problema são os próximos da Presidenta, como Arno Augustin (Tesouro). Dadas as
identificações com as práticas do Dilma (I), e a incidência do recurso à contabilidade criativa, resta verificar
se o ungido terá carta branca na Fazenda.
A influência de
Lula
Segundo noticia a
imprensa, Dilma convidou os senadores Armando Monteiro (PTB-PE) para o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Kátia Abreu
(PMDB-TO), para o Ministério da Agricultura.
Consoante se
especula, o convite a Monteiro e Kátia atenderia a conselho do ex-Presidente
Lula. Nesse sentido, Lula teria recomendado à Dilma que através dessa
designação, retomasse o diálogo com o setor empresarial para tentar impulsionar o crescimento da economia.
Monteiro disputou
o governo de Pernambuco, perdendo para o candidato do PSB, Paulo Câmara. Por
sua vez, na eleição passada, Kátia e o ruralismo apoiaram Aécio Neves.
Sem embargo, a
seleção de Kátia teria provocado desconforto no PMDB, e na sua direção, por não
ter sido ouvida nem cheirada. Será, por certo, mais uma tarefa para o Vice
Michel Temer.
As Cerejas no Bolo
Enfraquecido
pelas denúncias de irregularidades – por ele negadas – Alberto Bendine tende a
ser substituído no Banco do Brasil por Paulo
Cafarelli, atual secretário executivo na Fazenda, e, portanto, integrante
da equipe de Guido Mantega.
Por sua vez, pelas
credenciais petistas, o discreto Jorge Hereda
– passada a confusão com as trapalhadas na Bolsa Família – deverá ser mantido
na presidência da Caixa Econômica Federal. Ele se encaixaria no dílmico perfil
de usar a Caixa para estimular a
economia do Brasil.
Por fim, a sorte de Luciano Coutinho, presidente do
BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) pende na balança
presidencial. Desde o comprovado gosto do Presidente Lula pelas chamadas capitalizações – e a sua dúbia
capacidade de trazer mais fundos, além daqueles oriundos de ortodoxas fontes
fiscais , que a participação do BNDES nessas operações vistas com desfavor pelo
mercado – mas incentivadas por Dilma e seu círculo – ora coloca Coutinho em delicada posição. Nesse quadro – e não será o
primeiro – pagará Coutinho por erros alheios. A dúvida residiria na
circunstância da implementação imediata da exoneração, ou se seria entregue aos
cruéis caprichos de Tântalo, vale dizer, a uma imprecisa segunda etapa.
( Fontes: Folha de S. Paulo, O
Globo )
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