P.M. e escolares
A Polícia Militar do Rio resolveu fazer treinamento perto do CEAT (Centro Educacional Anísio Teixeira), em Santa Teresa. Grupo de estudantes do ensino médio, em intervalo de aulas, passou observando o treinamento de cerca trinta policiais, carregando maca e simulando socorro a um ferido.
Alguns alunos do CEAT vaiaram os PMs. Em seguida, foi acionada bomba de
gás lacrimogêneo bem em frente do CEAT. Os resultados da invasão do gás em
salas de aula são previsíveis (o CEAT tem cerca de 640 alunos).
Se
as vaias foram gratuitas, inadmissível também é a reação de PMs. O episódio só tenderá a aprofundar um fosso de
incompreensão recíproca, que não aproveita para criar bases com vistas a uma relação positiva. E é
para essa relação que se deve dirigir o repensamento das partes interessadas.
Noticia a imprensa que a previsão
de custo da Olimpíada do Rio de Janeiro, de 2016, já chegou a R$ 36,7 bilhões e
supera o valor gasto em 2012, nos Jogos
Olímpicos de Londres (que montaram ao
equivalente de R$ 32,1 bilhões – em valores atualizados).
É
estranhável que a essa altura com tantas obras não terminadas – ou mesmo
atrasadas consoante o cronômetro do COI – esses dispêndios venham a ultrapassar
o que foi gasto em Londres. Se as
despesas com segurança ainda não estão computadas, a diferença deverá aumentar
e muito.
Como
interpretar esse estranho encarecimento ? Desperdício, ineficiência ou
corrupção, ou um coquetel dos três ?
Afinal,
se o outro que foi aparentemente assassinado pelo padrasto não tinha qualquer
condição pela sua tenra idade de obter melhor guarda, não era o caso de Bernardo,
que mostrara claramente não estar satisfeito com a guarda do pai? E com onze
anos o seu pedido deveria ter tido melhor sorte.
Se é
difícil de entender essa rejeição paterna, o é ainda mais se denegarmos a um
menino que já tem discernimento a oportunidade de que a avó materna se
encarregue da guarda.
O fenômeno merece mais atenção. E a lei deve
levar em conta a capacidade intelectual e emotiva da criança de ter a sua sorte
decidida de forma menos mecânica, e mais conforme aos próprios interesses e
inclinações do órfão de pai ou de mãe. De uma certa forma, humanizaria um pouco
mais a difícil atribuição da guarda, em um momento já traumático para o menino
ou a menina.
(Fontes: O Globo,
Folha de S. Paulo)
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