terça-feira, 22 de abril de 2014

O PT no Poder !

                                           
          A atitude do Partido dos Trabalhadores no que tange à C.P.I. da Petrobrás reflete o desespero diante da possibilidade de que essa Comissão parlamentar descubra qualquer coisa acerca da maior empresa brasileira com potencial ainda mais desestabilizador.
          Não há dúvida de que é essa também a avaliação de Dilma Rousseff e do próprio Lula da Silva. Quanto mais se saiba sobre como o PT-governo tratou a Petrobrás, pior será tanto para a imagem do patriarca Lula, quanto para a Primeira Ministra Dilma, outra das invenções de Nosso Guia para dar credibilidade à sua chefe de gabinete como estadista.

          A análise a tal propósito de Ricardo Noblat tira qualquer dúvida a respeito dos porquês dessa tática petista de engavetar ou pulverizar um eventual trabalho sério de uma CPI. Para quem tem de esconder tanta coisa, compreendem-se as táticas dilatórias empregadas pelo PT situacionista.
          Será bom lembrar que foi sob Lula da Silva que se comprou uma refinaria já carcomida, um verdadeiro elefante branco no estaleiro ? Além disso, como frisa Noblat, “é grande o desconforto de Lula e Dilma com a exposição pública de mazelas da Petrobrás.”  O aparelhamento da função pública nos dois mandatos de Lula atingiu em cheio  a Petróleo Brasileiro S.A., com o loteamento político de cargos na empresa, não esquecida de resto a precedência dos velhos companheiros petistas.

          Quanto a Dilma, será bom recordar que o caso Pasadena atingiu e muito a sua imagem de notável gestora, como aproveitou a Lula divulgar, para justificar-lhe a precedência sobre outros militantes partidários, com maior experiência na matéria ? Que a presidenta saia do sério quando Pasadena venha a lume, o episódio do bilhete manuscrito para os jornalistas do Estadão, em que ela trouxe a crise para dentro do gabinete presidencial, já o demonstrou e de modo escrachante.
          Agora os petistas torcem para que a Ministra Rosa Weber faça um agrado ao poder, e deixe para o próprio Congresso o encargo de decidir sobre o formato da CPI da Petrobrás. Essa não é, no entanto, o palpite mais difundido acerca da liminar de Rosa Weber. Por motivos insondáveis, se pensa que a Ministra vai despachar em favor da CPI, como deseja a oposição.

           A esse propósito, é sempre oportuno lembrar que a tentativa de adivinhar a orientação de magistrado constitui missão de alto risco, dada a possibilidade e a probabilidade de que os mais eruditos alvitres sejam lançados ao vento pela decisão do(a) juiz(a) que, por ser subjetiva, será sempre necessariamente infensa a qualquer  intento de determiná-la de antemão.

            De todo modo, esses episódios relativos à Petrobrás tem sido muito ilustrativos por mostrarem quão baixo pode descer um partido que não haja logrado dissociar a própria ideologia das conveniências e das armadilhas do poder, como de resto sumarizou de forma definitiva Lord Acton.



(Fontes: coluna de Ricardo Noblat; O Globo; VEJA)

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