A arquidiocese do Rio de Janeiro é uma vez mais, por motivo de
insegurança, obrigada a cancelar tradicional manifestação de fiéis. Desta
feita, D. Orani, recentemente criado cardeal, se vê forçado a não realizar as
cerimonias na Catedral, que fica no centro, pelos riscos colocados com o ajuntamento dos sem-teto da Oi no entorno do
templo. Como se sabe, depois de despejados da
invasão por uma operação policial, tentaram colocar-se nas cercanias do
Palácio Guanabara, de onde foram igualmente
afastados.
Além de ser estranhável que essa aglomeração permaneça sem destinação
pelo menos provisória de parte das autoridades competentes, causa espécie que
os órgãos de segurança, subordinados ao novel Governador Pezão, tenham
permitido que os sem-teto busquem guarida em torno da Catedral, em largo
central da cidade. É mais do que tempo de encontrar local adequado, mesmo que
provisório, para evitar tais constrangimentos.
Não é a primeira vez que D. Orani se vê
obrigado a não realizar cerimônia religiosa, por causa de fatores alheios à sua
vontade. É lamentável que esse constrangimento persista. De alguma maneira o
problema tem de ser resolvido, e de forma adequada, pois doutra maneira se
estaria apenas transferindo o transtorno para outros logradouros da velha
capital.
Naufrágio de navio coreano
Com o exemplo do comandante fujão, a maior
parte da tripulação o imitou. O ferry que transportava a excursão afundou
rapidamente. 179 pessoas foram resgatadas, 28 mortes determinadas, e há 268
desaparecidos (dos quais 236 estudantes).
Se bem
que o ato seja decerto condenável, o suicídio do vice-diretor da escola que
aprovara o passeio (e fora salvo) mostra, ainda que de forma exacerbada e
rígida, a consciência ética de haver
contribuído de algum modo para esse eventual e discutível erro no que tange à
realização do citado cruzeiro.
Prévias Eleitorais
Os atuais
números de Dilma Rousseff são de molde a
preocupar os dirigentes de sua campanha.
Com aprovação inferior a 34% a reeleição fica, na linguagem hodierna, bastante
complicada, o que, na prática, significa o malogro da tentativa.
Daí a
inquietação dos companheiros, temerosos de que o malogro de Dilma venha a
colocar o PT (e seus aliados) na rua da amargura. O Globo,
a respeito, noticia que, com base em estudo do Instituto Análise sobre 104
eleições para mandatos executivos (presidente e governador), verificou-se que
nenhum candidato com aprovação igual ou inferior a 34% conseguiu reeleger-se.
Por outro
lado, luzindo como salvação da vigésima-quinta hora, o seu criador Lula da
Silva ainda ostenta totais superiores aos de sua criatura...
A CBF, com
singular inabilidade, interveio anunciando que a decisão da juíza – a que
qualificou de forma negativa e mesmo preconceituosa – seria derrubada pelo
Superior Tribunal da Justiça Deportiva, como se a justiça esportiva tivesse
mais cacife do que a Magistratura.
O modo com que o
Fluminense foi – e por enésima vez – reconduzido à primeira divisão já
provocara espécie, máxime pelos estranhos procedimentos concernentes ao
rebaixamento da Portuguesa.
Dadas as
características das entidades esportivas, será sempre bem-vinda a vigilância da
Justiça (com letra maiúscula). Os times devem ser castigados (ou favorecidos)
pela sua atuação em campo. Fatos estranhos a esses resultados não deveriam
importar em perda de pontos (o que desvirtua o resultado obtido de forma
lídima). Além de limitar os efeitos do chamado tapetão, esses eventuais
deslizes deveriam redundar em multas, nunca em perda de pontos, que é maneira
de favorecer a uns em detrimentos de outros, sem que o velho futebol bretão
tenha nada a ver com isso.
(Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo)
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