A Crise no IBGE e alhures
O companheiro
de partido, e também paranaense, André Vargas, malgrado a proteção do
PT (hoje mais para PRI
– i.e., o partido revolucionário institucional do México) tem encontro marcado
com a Comissão de Ética e parece difícil que escape da votação no plenário (agora, graças às passeatas de abril) com
sufrágio aberto – pode criar outras mais desagradáveis surpresas para dona
Dilma e sua ex-chefe da Casa
Civil.
O descarado ‘pedido
de informações’ que intimidou a direção do IBGE, chocou-se com a determinação
dos técnicos e dos estatísticos na
tentativa façanhuda de adulterar a Pnad
contínua, como se o nosso IBGE se
prestasse à pantomima platina organizada por Cristina Kirchner e seu
disfuncional governo.
Prepare-se, portanto,
para o protesto dos funcionários e estatísticos
(o que a senhora tem contra eles, senadora? A verdade estatística não lhe está
a gosto ?).
Os produtores e industriais
brasileiros já pagam alta conta com esse arremedo de Mercosul desfigurado pelo regime em bancarrota da Kirchner. Vamos descambar ainda mais,
imitando as falsas estatísticas do reino da fantasia do peronismo kirchnerista
?
Não é
adulterando as estatísticas – como prega a Kirchner e suas imitadoras no Brasil
– que vamos modificar a realidade.
Aliás, essa realidade, de tão
corrompida se apresenta, mais parece agonia de fim de reinado.
Provocação Iraniana
De acordo com
a prática diplomática, não cabe a esse poder, enquanto fornecedor do local em
que se situam os prédios administrativo e político-diplomático, e onde se
processam as questões de interesse de todos os membros das Nações Unidas, atuar
como estado territorial simples, no caso das relações bilaterais.
Dessarte, o
chefe de missão do país acreditado junto ao governo de outro país, no qual está
situado, carece, para o início de suas funções diplomáticas do chamado agrément, que é a aceitação (que não precisa de
justificativa) de que o embaixador (ou ministro plenipotenciário) é pessoa
grata ao governo e povo junto ao qual vem representar os interesses do Estado
nacional acreditante.
Nesse contexto,
aos Chefes Permanentes de Missão junto às Nações Unidas não se pressupõem
tenham de solicitar agrément da potência hospedeira, porque isso vai contra o
bom-senso. Os representantes permanentes estão em Manhattan não para promover as relações de seu
país com o governo de Washington (isto é tarefa das missões localizadas na
capital americana) mas para defender os interesses nacionais e integrar as
relações multilaterais que caracterizam os órgãos ali sediados, notadamente, a
Assembleia Geral, onde todos os países-membros e alguns observadores (como a Autoridade Palestina) têm assento, e o Conselho de Segurança,
com quinze membros, cinco dos quais permanentes, com direito de veto, e os outros dez escolhidos
pela Assembléia Geral e o Conselho, para mandatos bienais.
Em sendo assim,
compreende-se que o visto dos representantes permanentes à Assembléia Geral seja
concedido quase automaticamente, pelo privilégio da função. O Estado
territorial no caso, como simples hospedeiro, não pode arvorar-se em estado
territorial do regime bilateral. Deve aceitar, e de forma automática, a
indicação do país soberano membro
das Nações Unidas, eis que, se a negasse, estaria interferindo no quadro geral,
e retirando a necessária liberdade de todos os países de designarem os
respectivos chefes de missão àquele órgão de cúpula da diplomacia multilateral.
Sem embargo de o
que está acima estatuído, toda a regra deve submeter-se prima facie ao bom senso. Isto posto, não é dos melhores
antecedentes diplomáticos ter participado de ataque a um corpo de funcionários
garantidos por convenções internacionais, cuja responsabilidade se limitava à
circunstância de representarem um poder a que o novo regime ideologicamente se
opunha. Indicar para a chefia da Delegação Permanente do Irã Hamid Abutalebi, um
ex-participante no notório sequestro dos 52 diplomatas americanos, em 1979, ‘castigados’
pela governo clerical-revolucionário iraniano por causa do asilo concedido por
Washington ao ex-Xá do Irã, Reza Pahlevi, é uma provocação do governo de Teerã.
Além de colocar
um problema grave de assistência de segurança a alguém manchado por ato
contrário a todas as normas do direito internacional, essa indicação traz no
seu bojo óbvio desígnio provocatório, que parece apontar para a falta de
controle do governo de Hassan Rouhani sobre os seus diplomatas. Cabe, com
efeito, a pergunta: a quem representa o senhor Abutalebi: ao corpo diplomático
iraniano, ou a uma franja provocatória, subordinada a potestades que não estão
interessadas no desenvolvimento das usuais relações diplomáticas?
(Fontes: O Globo,
Folha de S. Paulo, e h.c. Hildebrando Accioly, Tratado de Direito Internacional Público)
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