Desestabilização da Ucrânia oriental
Notícias de
jornal e análises de fotos vem demonstrando mais um artifício de gospodin Vladimir Putin que se empenha em dúbia estratégia, inspirada nas
agressões nazistas, de fabricar uma insurgência nas regiões ucranianas de fala
russa, com o reforço de agentes secretos russos.
Os
serviços americanos já detectaram nas invasões de administrações regionais e
ações congêneres a presença de russos, com treinamento em ações especiais, e
sob a proteção de máscaras e uniformes descaracterizados, supostamente para
serem identificados como se fossem naturais da Ucrânia, quando na verdade o
disfarce visa a esconder nua e cínica agressão do império russo contra a ex-república
da URSS.
É um
esquema que já funcionou com o conhecido sucesso na península da Crimeia. Com a
intervenção de tais elementos, treinados nesse tipo de operação, o ex-agente da
KGB fornece gratuitamente aos grupos
ucranianos que desejam aderir a Moscou um precioso auxílio, trazido por
operadores aguerridos e especialmente treinados para aglutinar resistências ao
estado ucraniano, com aptidão e desenvoltura que de longe superam as eventuais
contribuições de supostos simpatizantes pró-Rússia, seja em forma de atuação
desestabilizante, seja com capacidade de superar resistências de elementos
locais.
Não é
comovente que a hierática figura do máximo chefe Vladimir Putin zombe nos
salões do Kremlin das precárias
defesas de uma nascente Ucrânia, enquanto determine ao seu mensageiro de
conciliação – o Ministro Sergei Lavrov
– que assine com o colega John Kerry nos
salões genebrinos documentos que falam de uma paz, que, por baixo do pano, os
agentes especiais de Moscou se empenham em inviabilizar?
A Petrobrás é intocável !
Para quem, a começar por Lula da Silva, sempre enchera a boca nos
seus firmes propósitos de defesa intransigente da Petrobrás, a criação de Getúlio
Vargas e a nossa principal empresa, surpreende e consterna essa
enxurrada de escândalos e dúbias operações (todas unidas para detrimento da
Petróleo Brasileiro S.A.).
No que tange
ao tratamento reservado pelas administrações petistas a esse grande ícone do
nacionalismo, causa espécie a gritante contradição entre a retórica
nacionalista praticada não só pelo PT,
mas também pelos partidos caudatários, como o PCdoB, de extremada defesa de tal conquista, e, por outro lado, o
procedimento por baixo do pano ou nem tanto, de descarado aparelhamento da
estatal.
Segundo
revelações de imprensa, as diretorias da infeliz Petrobrás tiveram distribuição
política levada a extremos, a ponto de incluírem afilhados políticos do
ex-Presidente Fernando Collor.
Agora as
declarações do ex-presidente José Sérgio
Gabrielli empurram as hostes de D. Dilma a tentar impedir por todos os
meios a formação da CPI sobre os
escândalos da Petrobrás. O tratamento dado pelos lulo-petistas à estatal foi tal
a ponto de fazer-nos lamentar a época em que a sua direção estava confiada a
neoliberais e assemelhados. A par da notória tentativa da Petrobrax logo jogada às urtigas pela reação pública e política,
não há exemplo de uma campanha tão ferrenha e de tão amplo enfraquecimento da nossa maior empresa, resultando na drástica diminuição de seu
valor de mercado, e a queda consequente de suas ações, para desaponto de tanta
gente honesta que confiara nas administrações da Petrobrás – e ainda mais as
petistas – como fatores de resguardo e de defesa dessa empresa, hoje
enxovalhada por enorme dívida e uma choldra que ao invés de tratar dos seus
interesses – que são os da Nação brasileira – cuidaram de urdir uma série de
operações muitas fraudulentas, que levaram ao resultado que ora deparamos.
Compreende-se,
assim, que D. Dilma e sua base no Congresso se hão de empenhar na
inviabilização de qualquer ação que vise a descerrar a cortina da propaganda
mentirosa, através da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Das
duas uma: se todas essas acusações ou não passam de campanha difamatória – os
mais velhos se hão de recordar das campanhas difamatórias que o defunto regime
militar tinha como anátema – ou surgem já pejadas de verdade. Nas duas
hipóteses, um governo interessado em recuperar a nossa maior empresa não
hesitaria em enfrentar o salutar banho luz da verdade.
Se há
procedimentos errados, herança de Nosso
Guia, ainda é tempo de expô-los e corrigi-los, através das câmeras e da
imprensa. Agora, quem procura inviabilizar a CPI da Petrobrás, persegue outros escopos, muito diversos de uma
recuperação da estatal pelo regresso ao seu campo real de atividades, e que
teria tudo a ver com a antipolítica, e continuar na senda do mais do mesmo, e a mostrar que para essa
gente ela não passaria, malgrado a retórica altissonante, de uma espúria fonte
de recursos.
(Fontes subsidiárias:
The New York Times, O Globo, Folha de
S. Paulo)
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