A Missão da Unasul em Caracas
A explosão do
descontentamento popular na Venezuela a partir de 4 de fevereiro registra saldo
de trinta e seis mortos, e mais de quatrocentos detidos. A missão de Ministros
do Exterior da Unasul – de que participa
o Ministro Figueiredo – reuniu-se com o presidente Nicolás Maduro e o que é inusitado, encetou um diálogo com a
oposição.
Os líderes
oposicionistas se mostram inclinados a dialogar com o governo, desde que cesse
a onda de prisões e de violência. A Mesa de Unidade Democrática (MUD) se
disporia a discutir sobre a situação, desde que haja um mínimo de compreensão e
respeito democrático.
Dilma despenca nas pesquisas
Por força dos temores sobre a economia
e os escândalos na Petrobrás, a pesquisa Ibope,
encomendada pela CNI, mostra um quadro que não difere muito daquele que sucedeu
às passeatas de junho, iniciadas em São Paulo.
Assim, Dilma
cai de 43% a 36%. Na verdade, as
avaliações de bom ou regular se confundem, enquanto o péssimo está com 27%.
A série de notícias ruins das duas
últimas semanas – escândalo na Petrobrás, resposta açodada da Presidenta que só
contribuíu para trazer a crise para dentro do próprio Palácio do Planalto, a
nota ruím da economia, que nos faz revisitar patamares que pensávamos superados,
e indicações de que podem vir outras
mais – tudo isso misturado tornou possível aprovações de CPIs que pelos frios números das maiorias chapa-branca pareceria
algo inviável.
Eduardo Campos
vê decerto as suas chances melhorarem, e nesse contexto o PSB turbina a oposição. No Senado, o cenário é tal que Renan Calheiros já fala da
necessidade de ativar a CPI.
O saqueio da economia ucraniana
Como a
Rússia dispõe de fontes de energia e gás, as reações na Europa Ocidental se
cingem por ora a uma prudente e cuidada linguagem diplomática, que em muitos
rincões se confunde com o silêncio.
Por enquanto,
a pena mais gravosa para Putin foi o cancelamento da reunião do G-8 (hoje G-7) em Sochi. Ser chamado de potência regional não creio incomode muito ao Senhor do Kremlin. Por ora, antes que eventuais consequências
negativas de seu desrespeito das relações externas, além da quebra de confiança
na norma internacional, venham a ter repercussões negativas para o povo russo,
Putin pode encenar as suas fantasias de homem forte.
Infelizmente, o ex-KGB
Vladimir Putin se acredita acima do bem e do mal. Mais uma vez, por cair nesse
tipo de comportamento, o presidente russo acredita poder banhar-se no êxtase da
popularidade dos senhores da guerra.
A espada,
como ornamento, pode até compor a figura marcial. Como eventuais ídolos seus
terão experimentado, o sortilégio tende a dissipar-se rápido, uma vez
desembainhada.
(Fontes: O Globo
on-line, Folha de S. Paulo)
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