Putin aprova anexação da Crimeia
Todo o formalismo não passa de uma farsa,
mais própria do turbulento século XX, do que do esperançoso século XXI. O
presidente Vladimir Putin assina o decreto que reconhece a independência
da região ucraniana da Crimeia. Como foi a Federação Russa que provocou tudo –
da invasão por tropas descaracterizadas da península, assim como o ato do
parlamento regional, lançando as bases do ‘referendo’ que busca legalizar a
violência contra a Ucrânia – não há dúvidas acerca da pronta aprovação pelo
Senado da Federação Russa.
Sem temer as
sanções do Ocidente – que tomou cuidado de não atingir autoridades mais
próximas de gospodin Vladimir V.
Putin – a pergunta que fica no ar é se o autocrata de todas as Rússias se
atreveria a tal menosprezo do direito internacional e do respeito aos tratados
se o Presidente Barack Obama não exagerasse no recuo da superpotência e numa
estratégia de - para muitos - excessiva cautela.
Tudo dependerá
da situação do novo regime em Kiev, eis que a Ucrânia não sofreu apenas uma
ilegalidade. A estabilidade do novo governo se vê contestada pelo incentivo à
desunião nacional, sem falar do baque pela perda da península.
A P.M. e sua imagem
Segundo Júlio Cesar Silva Ferreira, irmão de
Cláudia, ela foi baleada quando saía de
casa para comprar pão e mortadela. A
família deverá processar o Estado pela forma com que os policiais ‘socorreram’
a vítima. De acordo com Júlio, ‘a PM
chega atirando e matando o trabalhador. Ela foi jogada de qualquer maneira. Foi
uma execução malsucedida. Depois disseram na delegacia que eram quatro armas,
mas isso é mentira. Ela levou três tiros de curta distância. Isso é uma
execução. Não queremos que fique impune. Senão
ela será só mais um Amarildo.’
Se é importante o
trabalho das UPPs realizado pelo
Secretário José Mariano Beltrame, tudo isso será perdido, em termos da imagem
da Polícia Militar, se tais violências e barbaridades persistirem, e seus
infratores não forem punidos com severidade.
A P.M.
carece de ser uma polícia que respeita as comunidades. Se continuar a agir da
forma acima aludida, está arando o mar em termos de construir um relacionamento
de respeito e confiança com os muitos habitantes honestos das favelas cariocas.
(Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo)
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