sexta-feira, 28 de março de 2014

Eduardo Campos e Marina Silva


                           
        Muito esperados pelo público, os dez minutos da propaganda politica obrigatória não corresponderam ao que se anunciara na imprensa e que a experiência de ambos faria presumir. Colunista que vira projeção antecipada, falou de ambiência intimista na dupla candidata do PSB.

        Aguardava-se algo mais enfático e preciso. Quiçá as cobranças tenham sido maiores pelo que se antecipava da mensagem.

        A par de alguns momentos de E. Campos em que se referia a um quadro desalentador, parece-me que faltaram à transmissão palavras mais candentes e mais objetivas. Às compartilhadas avaliações, faltou a verve e sobretudo o acúmen do discurso de oposição.

        De certa maneira, as palavras genéricas se perderam em vasto e indefinido areal. Houve momentos que passaram como se nunca tivessem vindo.

        A própria direção cuidou de envolver as falas dos dois candidatos em um manto de penumbra, conjugado com estranhas faixas amarelas.

       Como no célebre dito, nós que queríamos mais luz e quiçá a claridade incômoda e penetrante da oposição, fomos apresentados a um palco de sombras, em que duas figuras trocavam frases comedidas que não sacudiam de um certo invasivo torpor o perplexo assistente.

        Passou a hora da academia política. O Brasil grita pelo descalabro da verdade e não carece de compostas conversas de compadres.

 
(Fonte:  Rede Globo)

Nenhum comentário: