Assinatura de ‘Pacto Fiscal’
A Presidenta Dilma Rousseff, após três horas de reunião, conseguiu fechar a dezenove do corrente acordo com os partidos aliados para que nenhuma proposta de aumento para os gastos públicos seja votada no Congresso em 2013 e 2014.
O referido
Pacto de Responsabilidade Fiscal foi assinado pelos presidentes e líderes dos
partidos governistas. Como integrantes do Conselho Político prometeram inclusive
a suspensão ‘temporária’ da proposta que cria o piso salarial dos agentes
comunitários de saúde.
O único líder
que se recusou a assinar o documento foi o populista Anthony Garotinho (PR-RJ),
contrariando orientação do senador Alfredo Nascimento (AM).
A situação
fiscal se deve não só ao Congresso, mas à desordem no próprio governo, em que
se multiplicam as despesas como as desonerações fiscais, a contribuição para
reduzir a conta de energia, etc. A falta de ordem na Casa se reflete em muitos
setores, como na impossibilidade de cumprir com a meta do superávit primário fiscal.
Como o
exemplo vem de cima, e manifestamente a exação fiscal não é cumprida, cabe
perguntar como logrará Dilma Rousseff obter o bom comportamento no Congresso se
de sua parte não é feito o dever de casa ?
O Flagelo da Dengue
A dengue é moléstia de terras tropicais,
filha dileta da pobreza, da ignorância, do descaso e sobretudo da incúria
municipal, estadual e federal.
Como pode
haver um combate para valer contra a infestação se o saneamento básico é uma
ficção em um sem-número de municípios ? Além disso, as campanhas contra os
focos do mosquito são anêmicas, para não dizer quase inexistentes. Para que tenham
êxito, a população tem de ser motivada e até mesmo constrangida a fazer o seu
dever de casa.
E dada a
situação em tantos subúrbios e favelas, as campanhas teriam que ter a presença
das autoridades municipais – as mesmas que se dedicam a projetos grandiosos,
enquanto deixam para o lado as tarefas comezinhas, mas indispensáveis, de eliminar as poças e todas as áreas de
infestação.
Já houve
prefeito no Rio de Janeiro que veio à televisão para pedir orações com vistas a
direcionar os mosquitos para o mar, de modo a poupar a população. É a presença
nefasta desse tipo de político que tem grande responsabilidade pelo caos da
saúde pública no Rio de Janeiro.
A terra
carioca, infelizmente, é ambiente ideal para a proliferação da dengue. Com o
verão aumenta a incidência, mas no Rio o calor está quase sempre presente, e
por isso o mosquito pode multiplicar-se antes mesmo do início formal do verão.
Estou para ver
um trabalho de conscientização – e arregimentação – das populações mais
ameaçadas, nas áreas em que o esgoto corre a céu aberto e o saneamento básico é
uma ficção.
Em 2013, há 217.885 casos notificados
(contra 26.800 em 2010!). Os casos
graves foram 2.437 (2010) e 1.207 (2013), e os óbitos 41,
em 2010, e 57, em 2013.
(Fonte: O Globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário