O site problema da Reforma da Saúde
Jeffrey D. Zients, um ainda jovem
executivo milionário, concordou em trabalhar de graça para pôr em ordem o site da Reforma da Saúde (HealthCare.gov.). Para tanto foi
designado pelo Chefe de Gabinete da Casa Branca, Denis R McDonough, que o considera um fator multiplicador.
Zients prometeu resolver o problema até
30 de novembro. Trabalha na Casa Branca e no edifício do Departamento da Saúde
a tempo integral. Colabora com ele Todd
Park, chefe do setor de tecnologia da presidência – que foi intimado pela
bancada republicana da Casa de Representantes para prestar depoimento nesta
semana sobre os problemas do site.
Posto que
Jeffrey Zients não tenha experiência desse tipo de trabalho, nem de
envolvimento direto com tecnologia (hands
on), a sua experiência de executivo e de organizador do trabalho alheio
fundamentou a sua convocação, que teve a aprovação do Presidente Barack Obama.
Zients por
ora recebe o fogo amigo dos colegas que, entre os elogios à sua capacidade
organizativa, duvidam que logre o milagre de vencer a burocracia e corrija um site bastante problemático.
O que poderia
ser denominado como o czar da reforma
do site começou a trabalhar a 21 de
outubro. Na avaliação dos especialistas, o site
vem melhorando a cada semana, mas ainda continua lento e esporádico para muitos
usuários.
Dentre os
aperfeiçoamentos, o tempo de resposta (quanto uma página leva para ser
carregada) está em média menos de um segundo (antes levava oito segundos).
Por outro
lado, o nível de erro – quantas vezes falhas no sistema impedem o usuário de
passar para a página seguinte – é de 2%
(antes era de 6%).
Se Jeffrey Zients terá sucesso ou não será
determinado pela rapidez do site e a
sua facilidade de atender às demandas do usuário. Muita vez é um juízo
subjetivo, mas se o site se
transformar da geringonça burocrática que é atualmente, e alcançar a eficiência
do país de Silicon Valley, o renome
de Mr Zients estará assegurado, e os hoje nervosos senadores e deputados
democratas, tranquilizados.
Se o ACA (a lei da reforma sanitária
custeável) se tornar de fácil acesso ao usuário, o quadro previsível é que a
reforma da saúde se estenderá a todos os estados, tornando-se programa positivo
e popular, a que nenhum político republicano, com um mínimo de inteligência, ousará
bater de frente.
Mostrando uma
vez mais que a casa não está em ordem, a equipe econômica de Dilma Rousseff se prepara para
apresentar a sua quinta meta fiscal para o corrente ano de 2013.
Dada a
sobrecarga dos compromissos advindos, entre outros, do assistencialismo e do
empreguismo público – em 2013 a situação das contas públicas preocupa analistas
domésticos e estrangeiros por força de seu peso na escalada da inflação e – mais
recentemente – no crescimento da dívida total do Governo.
A meta atual
de R$
111 bilhões de superávit primário
– poupança a ser atingida em conjunto por União, Estados e Municípios – não mais
se afigura realizável. O Tesouro Nacional ainda está longe dos R$ 73 bilhões prometidos, eis que nos primeiros nove meses só economizou R$ 27 bilhões da arrecadação
prevista para abater a dívida pública (o que já corresponde à metade do modesto
esforço fiscal de 2012).
Por sua vez,
Estados e Municípios pouparam R$ 18,5 bilhões, R$ 2 bilhões abaixo do resultado
de 2012. Diante da deterioração das contas, foi retomado pelo Governo federal
projeto de lei que o desobriga de cobrir resultados estaduais e municipais.
(Fontes: New York
Times, Folha de S. Paulo )
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